O aumento no número de denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes é um alerta para a sociedade brasileira. A prática, ao que parece, tem se tornado mais intensa e, assim, acaba naturalmente mais exposta. Portanto, o problema precisa ser encarado e combatido de frente pelas autoridades, pelos pais e pelos sistemas de ensino e educação no País. Combater a pedofilia, eis um desafio à sociedade brasileira. Segundo o site da ONG, 91 mil casos de denúncia de violência recebidos pelo sistema em 2015, cerca de 63% indicavam ou incentivavam abuso sexual contra crianças. A maioria deles, cerca de 90%, através do site de relacionamento Facebook Para piorar, a imensa maioria das agressões é promovida por pessoas próximas das vítimas, em geral parentes ou agregados, como padrastos, que têm acesso fácil às crianças. Assim, combater a pedofilia é uma necessidade e não um fato opcional. É importante ressaltar que uma criança vítima de pedofilia fica com implicações emocionais que, se não forem bem trabalhadas com apoio de especialistas, podem perdurar por toda uma vida. Entre os danos estão má formação de estruturas cerebrais, depressão, predisposição para o uso de álcool e drogas e maiores chances para ser um futuro agressor. A violência, seja ela de qualquer natureza, deixa marcas profundas na personalidade da vítima, especialmente na criança. É evidente, que medidas são necessárias para resolução do problema. Ao Governo seria interessante, a criação de um sistema de monitoramento inteligente para a internet, com fito de uma navegação mais segura ao adolescente. Além disso, punições rigorosas precisam ser estabelecidas com a intenção de deixar claro à sociedade que o País está preocupado e que os criminosos não ficarão impunes. Segundo Lev Vygotsky, na ausência do outro, o homem não se constrói homem. Sendo assim, passa a ser papel também das instituições de educação, alertarem crianças sobre os perigos da internet, aliado aos pais, que fiscalizem o acesso e histórico do seu filho. O uso consciente dos meios de comunicação tem que começar em casa e na escola. Não é uma guerra apenas para o poder público. É uma guerra para toda a sociedade.