Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O desafio do combate à pedofilia no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 22/01/2017

No mito grego "caixa de Pandora", a protagonista se depara com um vaso que, à obra de Zeus, continha diversos males da humanidade. Intrigada, a moça abre a ânfora e libera várias desgraças que, por sua vez, afligiram a raça humana. Fora da ficção, a ditadura da pedofilia parece fazer alusão à mitologia, em razão de ser um mal com magnitude semelhante que, neste caso, porém, faz-se presente no Brasil. Nesse contexto, torna-se essencial a tomada de providências para solucionar a adversidade. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam conectadas ao problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. No entanto, pode-se perceber que, no Brasil, a pedofilia, inadequadamente, rompe essa harmonia, haja vista que, segundo a 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP, 30% desses crimes ocorrem com crianças com idade inferior a sete anos. Vale ressaltar ainda o fato agravante de que 40% dessas barbaridades têm como agressores pessoas da própria família, conforme aponta o mesmo departamento de polícia. Assim, denota-se a importância dos chefes de Estado em relação à atenuação dessa lógica irresponsável que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Contudo, muitas complicações dificultam a resolução do infortúnio. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade: o homem, mais do que um formador da sociedade, é um produto dela. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que a ausência de políticas públicas voltadas à conscientização da população por parte dos regentes e suas consequências se encaixam na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma pessoa vive em um corpo social cujos governantes têm esse comportamento displicente, tende a adotá-lo também. Isso se evidencia pela falta de orientação dos pais para com os filhos sobre o perigo de se interagir com indivíduos desconhecidos, o que, por conseguinte, faz com que as crianças cresçam com uma mentalidade social limitada. Desse modo, perpetua-se a cultura da negligência mediante a banalização dos acontecimentos grupais, sendo não apenas pelos estadistas, mas também pelos cidadãos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Nesse sentido, com uma diligência singular, é imprescindível que o Ministério das Comunicações realize campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão com o fito informar a população a respeito do quão maléfico é deixarem seus filhos à mercê de estranhos. Ademais, como disse o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nessa perspectiva, em parceria com os progenitores, as escolas devem fazer palestras de caráter obrigatório em forma de oficinas, ministradas por professores e psicólogos, os quais discutam o risco de interação com pessoas randômicas, com o intuito de formar futuros cidadãos conscientes. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.