De acordo com o sociólogo Émile Durkeim, a sociedade pode ser comparada a um ‘’ corpo biológico’’, por ser composta de partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Entretanto, no Brasil em pleno século XXI isso não ocorre, pois as crianças ainda sofrem com a pedofilia, violando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essa persistência é fruto do mau uso das redes sociais e da falta de punições aos infratores. Com a criação do Facebook por Mark Zuckerberg e do WhatsApp, esse crime hediondo acabou se tornando mais frequente, devido ao grande uso que as crianças têm a internet. Além disso, por causa da pouca idade e da ausência de maturidade, são facilmente influenciadas por criminosos que utilizam a web para praticar a ação. Segundo o site Nordeste 1 , uma mãe de um garoto se passava por ele através de um aplicativo de celular e acabou descobrindo que seu filho conversava com um pedófilo. Isso demonstra que o público infantil é facilmente manipulado por delinquentes que só querem efetuar o abuso. Outrossim, o problema está longe de ser solucionado, haja vista que a maioria dos transgressores se encontra no meio familiar, o que prejudica as denúncias. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoas publicou uma estatística revelando que cerca de 60% dos pedófilos possuem parentesco com as suas vítimas. Ademais, a falta de repressão aos estrupadores ajuda a perpetuar o caso. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se entender esse impasse e propor medidas que resolvam ou amenizem a questão. Sendo assim, uma medida paliativa para essa problemática seria que o Ministério da Educação propor-se palestras nas escolas, ministradas por psicólogos e pedagogos que discutam o transtorno, com o intuito de conscientizar as futuras gerações, pois como dizia o filósofo Paulo Freire, “ se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’’. Vale ressaltar, que a mídia, com sua grande influência, precisa criar campanhas que enfatizem as consequências causadas por esse transtorno, por meio de propagandas, panfletos e anúncios. Vale destacar, que é dever da família conversar com seus filhos e orientá-los a respeito desse obstáculo e também é necessário que os pais fiscalizem o uso da internet de seus filhos, com o objetivo de proteger os garotos e as garotas desse grande dilema da sociedade contemporânea.