Título da redação:

Pedofilia: Punir ou Tratar?

Tema de redação: O desafio do combate à pedofilia no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 03/06/2017

A globalização proporcionou diversos avanços tecnológicos, como a internet e a rede social, que facilitaram a interação interpessoal. Diante disso, percebe-se que o meio virtual abrange muitas faixas etárias, o que torna uma ferramenta atrativa para praticantes de pedofilia já que a ferramenta dar acesso a mais vítimas. Com isso, o aumento de casos de violência sexual com crianças e adolescentes são assustadores. Logo, a falta de fiscalização é falha e somente punições não são o bastante para a diminuição dessa problemática. Primeiramente, a dependência da tecnologia contemporânea é um fator que muitas vezes estabelece um contato precoce com crianças e torna-as acessíveis para pedófilos. A grande maioria dos pais não tem controle e o cuidado do que os seus filhos acessam ou com quem se comunicam. Porém, atualmente, os pais estão cada vez mais alertas sobre esse tipo de barbárie. De acordo com o site O Nordeste, a mãe de um garoto de treze anos se passou pelo filho em uma conversa do celular a fim de preparar uma emboscada contra o suspeito de pedofilia, com a orientação da Polícia Militar. Nessa perspectiva, o papel da família é crucial para evitar a concretização do crime. Além disso, vale salientar que no contexto médico a pedofilia é uma doença e necessita de um tratamento específico. Geralmente, a terapia é feita a base de hormônios e precisa da autorização do paciente. Porém, aqui no Brasil, é importante lembrar que o uso de hormônios para a pedofilia não é liberado. Aqui, para ocorrer o consentimento desse tratamento é necessário a autorização do paciente e de comitês de ética de institutos de pesquisa. Segundo dados do jornal BBC, na Alemanha, implantaram uma campanha polêmica de convencer pedófilos a se inscreverem em um tratamento para tentar reverter sua atração sexual por crianças, mesmo que já tenham cometido abuso. Torna-se claro, portanto, que não adianta somente a fiscalização de crianças e pedófilos nas redes sociais, mas sim investir em tratamentos que mudem esse quadro. Frente a isso, o Governo Federal, em parceria ao Ministério de Saúde, deve por meio de hospitais psiquiátricos, promover acesso a tratamento comportamental para pedófilos que tenham vontade de reverter a sua atração sexual por crianças. Não obstante, a família pode colaborar com o diálogo, além de monitorar e determinar horários na utilização às redes sociais. E principalmente, o Poder Legislativo poderia impor punições mais severas com o aumento da sentença penal para mais de 10 anos. Em consonância a isso, pode-se imaginar um futuro melhor para as próximas gerações.