Na série britânica “Black Mirror”, o episódio “Manda quem pode” trata a respeito de um jovem que pratica o ato da masturbação observando fotos de crianças. Fora das telas, essa não é uma realidade muito distante enfrentada pelas famílias brasileiras. Por conseguinte, esses fatos apontam a necessidade da discussão do combate à pedofilia no Brasil contemporâneo. No passado, era comum e socialmente aceito a existência do comportamento pedófilo estendido pelo Egito, Roma e Grécia. Segundo dados da 4ª delegacia de Repressão à pedofilia no período de 2011 a 2013, 40% dos pedófilos têm de 18 a 40 anos e não apresentam parentesco com a vítima. 80% das vítimas são mulheres e apresentam uma idade entre 7 e 13 anos. A exemplo disso, pode ser citado o caso de um homem de trinta anos que estava se envolvendo com um garoto de treze anos pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. Além disso, é notável que a violência e perseguição sexual também parte do ambiente domiciliar incluindo pai, padrasto, tio, avô e primo estimulando por parte do vítima medo da própria família. Como prova disso, pode-se citar o caso do homem que foi preso acusado de abusar da própria filha e produzir vídeos para a internet. É possível, portanto, ser ponderado que a pedofilia trata-se de um problema social. Sendo assim, mostra-se necessária uma ação conjunta entre escola e Estado. Posto isto, é cabível as instituições escolares a discussão acerca das ações suspeitas que caracterizam crimes envolvendo violência sexual com crianças e adolescentes. Ademais, é imprescindível que a família oriente os filhos à quaisquer ciladas virtuais e não virtuais, para que sejam capazes de fazer denúncias que contribuam com o trabalho policial.