A década de 90 se tornou um marco legal para o direito e deveres de crianças e adolescentes pois era ratificada o Estatuto da Criança e do Adolescente no país. Esse conjunto de normas tem como objetivo proteger menores de possíveis violação de seus direitos. Hoje, pode-se observar menores desfrutando cada vez mais de liberdade porém pela falta de malícia por vezes encontram-se em meios aos abusos, como a pedofilia. A Internet veio como agente de uma grande revolução que proporcionou inúmeras possibilidades. Entre essas possibilidades está a liberdade de conhecer pessoas por redes sociais. No entanto, quando essa liberdade é dada à menores sem supervisão isso se torna um ambiente de fácil prática de abusos . Pois muitas crianças e adolescentes não conseguem perceber situações de riscos e acabam divulgando fotos, videos e dados que contribuem para prática de pedofilia.Segundo a Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de consumo de material de pedofilia o que causa uma grande preocupação. Outro fator que veio com a Internet é a possibilidade de anonimato. Pedófilos usam dessa possibilidade para se disfarçarem em redes sociais como jovens. Esse disfarce se dá por meio de apropriação de dados falsos e é usado para aproximar-se de menores. Isso se torna um problema pois somado com a ausência de supervisão tornam vítimas fáceis de pedófilos. Dado o exposto, vê-se necessário a adoção de medidas pelo Estado. Primeiro, por meio do Ministério da Educação desenvolver campanhas publicitárias e cartilha à pais e menores ensinando a reconhecer sinais de perigos, abusadores e medidas para evitar situações de risco. Segundo, o poder Legislativo criar e aprimorar as leis de punição no caso de pedofilia de forma a garantir a justiça e a proteção das vitímas.