Título da redação:

A Fragilidade do país para com a pedofilia

Proposta: O desafio do combate à pedofilia no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 16/05/2017

O abuso sexual de menores continua ocorrendo em grandes proporções no território nacional. Nesse cenário, concomitante a ineficiência das autoridades em punir quem comete esse crime, o uso indiscriminado do mundo virtual, principalmente por crianças, vem abrindo espaço para mais casos de pedofilia no Brasil. Embora a legislação brasileira contra a pedofilia tenha se tornado mais rígida a partir de 2009, muitos dos infratores não recebem as devidas punições pelos crimes cometidos. De acordo com a Delegacia de Repressão à Pedofilia, 37% dos infratores são liberados mesmo com provas, pois a Constituição brasileira ou exige mais provas ou um flagrante para que um suspeito possa ser incriminado. Logo, casos como o que aconteceu em Alegrete, cidade do interior do Rio Grande do Sul, em que um idoso engravidou uma menina de 12 anos e permaneceu em liberdade após declarar que o ato foi consentido, exemplificam o processo frágil de condenação dos transgressores. Além disso, vale ressaltar o descuido da família com o acesso dos jovens ao mundo virtual. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, aproximadamente 80% das crianças e dos adolescentes usam a internet. Assim, a entrada precoce das crianças no mundo digital sem o cuidado dos pais acerca das conversas e sites acessados pelos filhos, facilita o contato dessas com pedófilos que criam perfis falsos e anônimos nas redes. Como prova disso, de acordo com dados disponibilizados pelo Governo Federal, mais de 90 denúncias de crime virtual são feitas diariamente no Brasil. Medidas, portanto, devem ser tomadas para combater a pedofilia em nosso país. Com isso, o Governo Federal em conjunto com a Polícia Civil dos estados, devem investir em tecnologias para intensificar o rastreamento de pedófilos na internet. Também, é necessária a conscientização do Poder Judiciário para assegurar efetivamente as prisões dos acusados. Por fim, as famílias com o apoio das escolas devem dialogar e promover palestras sobre os perigos e cuidados na internet, para que assim os jovens possam participar dos avanços tecnológicos de forma segura.