Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O desafio da alimentação saudável: luxo para poucos ou hábito acessível?

Redação enviada em 06/02/2017

Sentir prazer em alimentar-se, é considerado, por muitos, uma adaptação evolutiva do homem como meio de obtenção de nutrientes e de energia para sobrevivência. Porém, nos últimos anos, com o surgimento de diversos alimentos industrializados, a humanidade incluiu em sua dieta esses alimentos, aumentando, desse modo, o número de doenças relacionadas à obesidade e as doenças crônicas como diabetes e pressão arterial alta. Dessa forma, essa evolução adaptativa pode estar produzindo efeito contrário ao pretendido, levando a sociedade atual a enfrentar um novo desafio relacionado à alimentação saudável. Alimentação essa, que pode estar ao alcance de todos, contudo, está sendo restrita a poucos, sendo até considerada por muitos como um luxo. Embora, seja consenso que a alimentação saudável se relacione com ingestão de vegetais, há um consumo maior de alimentos de origem animal. Muitas vezes, para justificar essa opção pela alimentação cárnea, alega-se o alto preço das frutas e verduras. No entanto, aqui no Brasil, verifica-se que nos últimos anos o preço das carnes, tanto a suína como a bovina, bem como a de frango, teve um aumento devido ao incremento nas exportações desses alimentos. Logo, não justificando mais negligenciar a alimentação saudável utilizando como argumento o preço do alimento. No entanto, para os vegetais, também surgiu, nos últimos anos, o problema do uso de agrotóxicos. Retirando, desse modo, a convicção que ao se consumir um vegetal em vez de alimento cárneo ou industrializado, esteja consumindo uma alimentação menos prejudicial à saúde. Aliando isso ao fato que a indústria de alimentos investe forte na propaganda de seus produtos industrializados, enquanto praticamente inexiste marketing para o consumo de vegetais, a opção por uma alimentação saudável torna-se destoante da maioria da população, sendo até considerada um luxo. Diante do exposto, verifica-se a necessidade de promover a alimentação saudável, com risco de ter a qualidade de vida, ou mesmo a sobrevivência da população ameaçada. Assim, o governo realizaria um investimento na saúde da população caso implantasse projetos de conscientização somado a incentivos, como instalação de hortas comunitárias por exemplo, onde as pessoas, nas comunidades, aprenderiam a cultivar o seu próprio alimento. Desse modo, cada cidadão poderia plantar parte de seu alimento, economizando, dessa maneira, no orçamento familiar e, simultaneamente, obtendo uma alimentação mais saudável, livre de agrotóxicos. E, consequentemente, diminuindo o rótulo de luxo para a alimentação saudável, visto que não se trata de um luxo, mas de uma necessidade acessível a todos.