Apesar da forte tendência de incentivo aos bons hábitos alimentares, ainda existem uma série de impasses para a sua concretização. O preço dos alimentos considerados saudáveis, tende a significativamente maior do que os alimentos industrializados, contando ainda com a participação de verduras e frutas mais acessáveis e até mesmo mais bonitos, porém com grande quantidade de agrotóxicos em sua composição. As consequências desse fator são, principalmente, a dificuldade de acesso à uma boa alimentação assim como o aumento quantitativo de doenças crônicas relacionadas a má alimentação. A cultura alimentar dos brasileiros está se baseando, principalmente, na rapidez e no sabor, as idas ao Mc Donalds são mais frequentes do que as quintandas. Este fator, pode ser associado tanto ao aumento da publicidade quanto ao preço dos alimentos, que geralmente possuem um preço acima da média da maioria das refeições. Em cidades como Salvador, uma reportagem do programa Bahia Meio Dia, apresentou que o preço de uma alface hidropônica, maís saudável e com menor taxa de agrotóxicos, pode chegar a mais de 50% do valor de uma alface comum, chegando a mais de R$ 5,00 o molho, o que corresponderia ao preço médio dos lanches. Sendo compreensível a dificuldade dos consumidores de baixa renda de manter uma alimentação saudável, afinal eles consomem no cotidiano os alimentos que já estão acostumados. O fator de risco deste problema é o aumento de doenças como: diabetes, colesterol alto e doenças cardiovasculares. Todas possuem como fator de risco a alimentação, sendo recorrentes a obesidade como fator de risco, segundo o Ministério da Saúde. Essas mazelas, muitas das vezes, poderiam ser evitadas, se combatidas e houvesse um processo de reeducação alimentar, que está muito dificultado no Brasil. Sendo está uma triste realidade, já que a população mais acometida possui difícil acesso a medidas reeducativas e quando consegue, possui dificuldades de manter uma cardápio de dieta que tende a ser incompatível com sua realidade social. Para tentar vencer este impasse, cabe uma campanha de combate que deve ser difundida em todas as instâncias sociais. Cabe a Anvisa fiscalizar a composição dos alimentos, verificando a quantidade de agrotóxicos em verduras, frutas e legumes.Além disso pode ser incentivada uma regulamentação governamental as campanhas de alimentos industrializados, diminuindo a veiculação deles na mídia. Cabem as escolas promoverem a informação sobre a importância da alimentação saudável, sendo possível a té mesmo a criação de hortas e pomares para alimentação dos alunos e da comunidade local. Talvez assim possa-se combater esta terrível tendência de tornar alimentação de qualidade um luxo.