Título da redação:

Os alimentos esquecidos

Proposta: O desafio da alimentação saudável: luxo para poucos ou hábito acessível?

Redação enviada em 24/05/2017

O hábito de uma alimentação saudável ficou no passado. Durante o período da colonização, os escravos, índios e colonizadores se nutriam de alimentos ricos em nutrientes como a mandioca, frutas tropicais e da feijoada pertencente a culinária africana, que, aos poucos foi inserida no cardápio brasileiro. No entanto, no século XXI, muitos indivíduos não possuem condições para se nutrirem de forma saudável, devido ao elevado preço dos alimentos salubres e, também, pela falta de um conhecimento alimentar. Sabe-se que no Brasil as taxas tributárias dos alimentos são altas, por conseguinte, os valores agregados de mercado desses produtos ficam caros causando uma repulsão por consumidores que não possuem condições. No setor alimentício, os impostos chegam a 22,5% do preço sobre os produtos, esse valor é superior ao do cobrado em países como a Inglaterra e os Estados Unidos. Sendo assim, a fuga para o consumo de alimentos mais baratos encaminha para os industrializados e aos fast-food, haja visto que esses mantimentos são mais econômicos, em contrapartida não são saudáveis. Por outro lado, a restrição de conhecimentos alimentícios dificulta a escolha por alimentos mais nutritivos. As escolas por sua vez, não fornecem um ensino benéfico à saúde alimentar, logo, desde cedo crianças e jovens se tornam vulneráveis a uma alimentação irregular. Desse modo, manter um hábito alimentar saudável torna-se uma tarefa dificultosa diante a sociedade, deixando apenas no passado. É evidente, portanto, que para resgatar o hábito de uma alimentação saudável deve haver uma reeducação alimentar no âmbito social. Isso se daria por intermédio das escolas, em garantir aulas de nutrição, dirigidas por nutricionistas, desde o Ensino Fundamental I, para que os alunos possam desenvolver uma capacidade administrativa saudável ao escolher suas refeições. Ademais, o auxílio do poder público é essencial para a redução das taxas de impostos alimentícios, consequentemente, decréscimo nos preços dos mantimentos. Isso seria viável, por meio de investimentos financeiros e distribuições de subsídios para produções e garantir créditos e espaço no mercado para pequenos produtores. Assim sendo, aos poucos, a população brasileira volta a nutrir-se de alimentos nutritivos como os hábitos do passado.