Certamente, o tipo de alimentação consumida pelos diferentes grupos sociais, em escala global, é, persistentemente, um indicador da condição econômica e social dos indivíduos. No Brasil do século XXI, no entanto, nota-se que os produtos biologicamente mais importantes ao ser vivo têm-se ausentado da mesa familiar. Tal fato ocorre devido aos elevados custos e a desinformação nutricional oferecidos à população. Dessa forma, a "Geração Coca-Cola", visualizada pelo cantor e compositor Renato Russo, torna-se sujeita aos enlatados e comidas com preparo rápido- juntamente com o baixo teor nutritivo. Consequência, em parte, do aprendizado superficial, acerca da alimentação, oferecido à população através do sistema educacional público e privado. Tal conhecimento, por exemplo, foi ofertado pelo Estado suíço- país com um dos maiores índices de desenvolvimento humano do planeta Terra. O preço divulgado para compra de alimentos salutíferos, paralelamente, afasta milhões de potenciais consumidores, visto que o Brasil é um país em desenvolvimento, onde a população possui, em ampla parte, baixo poder aquisitivo. Além disso, a mídia (que é caracterizada pelo poder de disseminar padrões) mantém-se afastada do assunto, sem incentivo governamental. Medidas são, portanto, necessárias para minimizar a situação. É preciso estímulo social e econômico por parte do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, para que os estudantes sejam conscientizados, desde a infância, sobre a importância da boa nutrição, além do cultivo de hortas no ambiente escolar. Tal qual associações entre o Estado e a mídia para que a população informe-se e tenha conhecimento, a título de exemplo, sobre as frutas presentes em cada temporada anual, visto que possuem baixo custo. Pode-se, assim, acarretar mudanças nacionais, como a redução de cidadãos dependentes do Sistema Único de Saúde. Afinal, assim como disse o filósofo Immanuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele".