Título da redação:

Básica e essencial

Proposta: O desafio da alimentação saudável: luxo para poucos ou hábito acessível?

Redação enviada em 16/02/2017

Desde o ano de 2015 até 2025, a ONU (Organização da Nações Unidas) estabeleceu a “Década de Ação pela Nutrição” ao globo. Esse tipo de projeto promove a busca por uma alimentação saudável e permite a construção da segurança nutricional, fatores essências ao bem-estar humano. No entanto, os alimentos usados como ferramenta do capitalismo e o choque entre contextos sociais restringem os bons resultados e a promoção de iniciativas como essa. É importante destacar, de início, que a alimentação é uma necessidade básica e compõe a dignidade humana. Em Pernambuco, para assegura a acessibilidade aos hábitos alimentares saudáveis, projetos como Banco de Alimentos e Hortas Verticais são direcionados à população de bairros populares ou carentes. Baseados na reutilização e diminuição do desperdício orgânico, o intuito de levar alimento saudável para a população é alcançado. Logo, a comida de qualidade nutricional, muitas vezes, considerada luxo passa a ser democratizada e torna-se hábito em contextos sociais distintos. Ademais, a diversidade de alimentos encontrados nos supermercados e feiras populares viabiliza a formação de um cardápio diário mais saudável. Porém, o problema encontra-se no olhar do consumidor que discrimina e recusa-se a consumir certos produtos. É o caso das sardinhas e do fígado ambos de alto valor nutricional e preço acessível, mas por serem menos populares nas classes dominantes são deixados fora do cardápio. Assim, a própria população impacta a propagação de hábitos saudáveis em decorrência da imagem social passada pelo consumo de certos alimentos. Portanto, a nutrição saudável é básica e essencial à humanidade. Para que seja assegurada e os cidadãos vejam-se incluídos nela, projetos promovidos por ONGs visando a produção e distribuição de comida saudável devem ser enfatizados e apoiados por propagandas publicitárias, por exemplo. O governo federal precisa fazer campanhas as quais permitam a população reconhecer a importância de comer bem, respeitar e agregar os alimentos diminuídos socialmente. Segundo Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transformar, então, a construção de hortas verticais com auxílios de restos orgânicos pode ser ensinada às crianças e adolescentes nos colégios, a fim deles propagarem a ideia em casa. Dessa maneira, em pouco tempo, a percepção do brasileiro irá mudar, ele verá o potencial que tem para participar do contexto da alimentação saudável e acessível.