Alimento difere de produto alimentício: aquele, é responsável por fornecer ao organismo todos os nutrientes necessários para sua regulação; esse, geralmente camuflado em sabores naturais, é feito para dar prazer a quem o come, apenas. Também se debate sobre os hábitos alimentares dos brasileiros, que, se aproveitassem os tempos ociosos para planejar sua rotina gastronômica, se tornaria, sem dúvidas, um hábito saudável. Sabe-se que a rotina de trabalho no país é intensa e inversamente proporcional ao tempo de almoço, por exemplo, fazendo com que os trabalhadores optem pelos restaurantes e “fast-foods”. Fato que se comprova por uma pesquisa realizada pelo site Valor, que aponta como 63% o número de brasileiros que consomem cerveja junto aos insumos, evidenciando que as refeições fora de casa são vistas como lazer, e não como um momento para cuidar do corpo. Além disso, é questionado o valor para obter comidas saudáveis, como frutas e legumes. No entanto, o site Valor, também constatou que o percentual de ingestão de alimentos sadios é maior na zona rural do que no ambiente urbano, comprovando que o não planejamento decorrente da escassez de tempo é, realmente, mais impactante do que o valor do produto, que muitas vezes possui preço equivalente aos industrializados e, por serem práticos, são os escolhidos. É evidente, portanto, que os desafios para a alimentação saudável são decorrentes da comodidade, logo, é necessário que o Ministério da Agricultura, em parceria com a mídia, divulgue para a sociedade, em todos os meios de comunicação, sobre hábitos alimentares saudáveis e o valor nutricional dos insumos, por meio de comerciais com convidados especializados, implantando em curto prazo. Ademais, é necessário que as escolas ofereçam informações suficientes aos alunos, desde o início da vida escolar, por meio de cartilhas lúdicas, para que se tornem adultos racionais e acostumados com hábitos saudáveis, acabando, gradativamente, com os produtos alimentícios, implantando em curto prazo.