Com o advento do atual século, as alterações no ritmo da rotina do brasileiro têm causado mudanças em sua dieta – neste contexto, emerge o desafio de aliar o cotidiano frenético à alimentação saudável. Apresentada pela mídia como opção funcional, a preferência por produtos industrializados têm substituído o consumo de alimentos essenciais que são, por vezes, considerados inviáveis. Convergindo com o conturbado dia a dia das áreas urbanas, tem se manifestado o dilema da praticidade versus qualidade alimentar. Exemplificada pela ascensão do fast-food, a preferência por refeições prontas tem sido fomentada pelo apelo midiático, olvidando-se os danos à saúde que podem surgir como consequência de seu consumo, tais como obesidade e diabetes. Entretanto, a escolha por opções rápidas têm tido como agravante o desequilíbrio entre o custo de alimentos verdes e o poder aquisitivo da população brasileira. Segundo relatório da Conab, publicado em Fevereiro de 2016, houve um aumento de até 84,6% no preço do tomate no RJ durante o período analisado, o que corrobora com a ideia de que, muitas vezes, alimentar-se saudavelmente torna-se um privilégio de poucos. Portanto, faz-se necessária a criação de projetos, por parte do poder Legislativo, que intencionem reduzir a tarifação sobre frutas e hortaliças ao passo em que estabeleçam limites para o marketing de alimentos industrializados. Desta forma, será possível reduzir o impacto do fast-food na saúde dos indivíduos e diversificar sua dieta de modo a aliar a agitação do século XXI à alimentação saudável.