Reconhecido por ser um dos países com o maior potencial agrícola, o Brasil é rico na diversificação de alimentos disponíveis à população. Entretanto, a realidade sócio-econômica dos cidadãos revela uma situação controversa: se por um viés existem aqueles que são bonificados pela sua condição econômica, outros carecem de condições para obter nutrientes suficientes de uma alimentação saudável. Nesse sentido, é nítido que, apesar da disponibilidade de alimentos, ter uma alimentação saudável no Brasil é um hábito acessível, porém, acaba tornando-se um luxo para poucos . O elevado preço dos produtos naturais, a agitação do meio urbano e a falta de tempo são as maiores desculpas para os fast foods se tornarem uma opção prática, cômoda e com baixo custo para a realidade dos brasileiros. Contudo,esses pseudos benefícios podem acarretar em futuros gastos com a saúde, visto a obesidade e os acidentes cardiovasculares serem as principais conseqüências de uma alimentação com excessivo uso de gordura. Além disso, a indução do marketing convence, prematuramente, os pais a alimentarem seus filhos com substancias industrializadas, a citar refrigerantes, biscoitos e salgadinhos fritos. Sob outro prisma, aqueles que se encontram em situações insuficientes de almejar uma boa refeição, entram para o grupo dos subnutridos, o que é lastimável, visto o Brasil ser um país com um dos melhores solos do mundo e exportar grande variabilidade de produtos naturais. Diante disso, há a necessidade de, primeiramente, reavaliar e mudar os hábitos alimentares e, posteriormente, investir em uma maior acessibilidade econômica aos alimentos benéficos à saúde. Portanto, para tentar solucionar esse problema nacional e acabar com o preceito de que alimentação saudável é um luxo e não um hábito, cabe aos governos municipais investirem em feiras de pequenos produtores, pois além de incentivar o comércio local, também propicia à população o contato e a adesão de produtos frescos e naturais a um preço mais acessível. Não obstante a isso, a escola poderia implantar aulas de educação alimentar para, desde cedo, incentivar as crianças a consumirem lanches saudáveis e livres de substancias industrializadas. Por fim, se as famílias cultivassem em sua moradia uma pequena horta, além de consumir menos produtos prontos, contribuiria positivamente para o relacionamento familiar.