Filmes, como "Tropa de Elite" e "Cidade dos Homens", retratam bem a realidade e diversos pontos de vista sobre o uso e o combate ao tráfico de drogas no Brasil, mostrando sempre cenários de guerra, pobreza e criminalidade. Em contrapartida, drogas lícitas, como o cigarro e o álcool, não chamam tanta atenção, apesar de muitas vezes apresentarem mais perigo ao homem que as ilícitas. Desse modo, o consumo de drogas, permitidas ou não, é conflituoso e gera reflexos na sociedade. A guerra ao tráfico, com o intuito de acabar com o consumo de entorpecentes, tem-se mostrado ineficaz e até prejudicial em muitos aspectos, como o aumento da população carcerária, aumento da violência e a interminável luta entre policiais e traficantes. Além disso, dados da Universidade Federal de São Paulo apontam que para cada dependente químico, mais 4 pessoas são afetadas, indicando assim, que mesmo indiretamente, o consumo de drogas interfere na vida do cidadão. Ademais, o uso de substâncias que tem sua venda permitida, como tabaco e álcool, também reflete negativamente na população, visto que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro mata mais de 7 milhões de pessoas por ano, e a mistura de álcool e direção está diretamente ligada a acidentes de trânsito, que é atualmente a principal causa de morte entre os jovens, também segundo a OMS. Logo, lícitas ou ilícitas, o consumo de drogas traz consequências terríveis ao brasileiro, seja ele usuário ou não. Sendo assim, para resolver essa questão, é preciso trabalhar em medidas que visem acabar com a procura pelo produto. Para tanto, é necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com estados e prefeituras, construa centros de apoio ao dependente de qualquer substância, onde ele tenha não somente condições para livrar-se de vícios, como também ajuda para reestruturar diversos aspectos, como psicológico e profissional. Em adição, o Governo Federal, juntamente com ONGs, deve oferecer assistência e programas sociais em comunidades de risco, a fim de impedir a adesão de novos usuários. Por fim, a mídia deve, através de campanhas publicitárias, promover a conscientização quanto ao consumo de todo tipo de droga.