Cigarro, álcool e medicamentos de tarja preta. Todas drogas lícitas e classificadas como de alta dependência. Já a maconha e o lsd, ambas ilícitas e de baixas taxas de vício. Essa dicotomia favorece apenas o tráfico de drogas, uma vez que abandona-se debates racionais sobre a liberação de entorpecentes proibidos. Desse modo, cria-se um mercado paralelo em que os traficantes com o capital adquirido sustentam uma cadeia destrutiva. Esse dinheiro será usado para aliciamento de jovens e compra de armas. Sendo que a legalização, como vem ocorrendo no Uruguai, tiraria a comercialização do controle de bandidos. Nesse sentido, o lucro obtido com a liberação das drogas poderia ser investido na área da saúde. Sabe-se que 30% do gasto do SUS são com doenças relacionadas ao fumo. Porém, o número de fumantes vem caindo no Brasil. Essa conquista não foi obtida com a proibição, e sim com politicas de conscientização. Portanto, deve-se iniciar debates sobre a legalização. O legislativo deve usar no lugar do horário eleitoral para apresentar opiniões favoráveis e contras a liberação. Ademais, o presidente deve convocar um plebiscito para a população decidir sobre a questão. Assim, teremos uma sociedade que não gera riqueza para traficantes.