Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 21/07/2017

É indubitável que o consumo de drogas acarreta danos no espectro individual e no coletivo - depressão, isolamento, desestabilização familiar e violências de modo geral são exemplos disso. No entanto, a problemática que tem raízes na displicência da sociedade e na banalização do uso de entorpecentes permanece forte, e consolida-se progressivamente. Ainda que haja a intensa veiculação de campanhas alertando sobre o uso das drogas, observa-se o paradoxal incentivo ao consumo de bebidas alcoólicas tanto pelas propagandas extremamente apelativas aos sentidos quanto pela indústria musical vigente. Ambos mascaram os perigos do álcool e, por pura estratégia de mercado, persuadem principalmente os mais jovens, que não têm a criticidade plenamente apurada. Como o álcool é o principal caminho para as drogas ilícitas e um dos maiores causador de acidentes de trânsito, fica comprometida a informação e a consequente conscientização popular, resultando na perpetuação do impasse. Ademais, a cultura ao vício também caracteriza um fator crucial, pois demanda mudança na mentalidade coletiva. Ao definir que a maior parte do comportamento humano é aprendido por imitação, o psicólogo behaviorista Albert Bandura explicita a inegável influência do meio sobre o ser. Sendo assim, é possivel compreender a iniciação de jovens no mundo das drogas, que, motivados pelo desejo de pertinência aos modismos, tornam-se escravos da dependência química e, indiretamente, prejudicam a sociedade ao financiar o tráfico e o crime organizado. Dessa forma, faz-se necessária a tomada de medidas que solucionem a problemática. O Governo Federal, aliado ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) deve regulamentar a publicidade de bebidas alcoólicas de modo a não ultrapassar um limite razoável, a fim de que o consumo do álcool seja diminuído. De mesmo modo, o pensamento coletivo da atualidade - em especial o dos jovens - precisa ser mudado, e, para isso, o Ministério da Educação deve tornar obrigatório na disciplina de filosofia ou na de sociologia a promoção de debates acerca dos prejuízos das drogas, pois segundo Immanuel Kant: "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Por fim, grupos de apoio também devem ser disponibilizados para a população já dependente, com o consenso e o apoio dos familiares. Assim, a sociedade só tem a ganhar.