O consumo de drogas lícitas e ilícitas, no Brasil, é um assunto de discussão para a maioria dos brasileiros. E é mais que compreensível, devido à quase ninguém saber quem dita o que é lícito ou não, principalmente quando se diz respeito às drogas. O álcool e o tabaco, por exemplo, são consideradas drogas lícitas enquanto a maconha, o crack, a cocaína, são ilícitas aparentemente, pelo motivo de causar graves transtornos a seus usuários. Além disso, quem faz o uso de entorpecentes financia, talvez até inconscientemente, o tráfico de armas. Todos esses conflitos tornam necessária a reflexão do que deve ser feito para resolver esses problemas, acima de tudo, beneficiando a sociedade, que é a maior afetada. Primeiramente, é importante refletir sobre o motivo de alguns entorpecentes serem considerados lícitos ou não. As substancias intituladas ilícitas, são consideradas assim pelo motivo de causar graves danos a seus usuários, como causar reações agressivas, aumentar a violência urbana, problemas de saúde e mesmo a morte. Porém, observando com um pouco mais de atenção, qual a diferença entre essa substancias e as consideradas lícitas, como o tabaco e o álcool? Uma pesquisa publicada pela revista Istoé, mostra que o álcool mata nove vezes mais que as drogas ilícitas, trazendo tantos outros problemas quanto, desmitificando assim o motivo da proibição das drogas como a maconha, que tem se mostrado eficiente no tratamento medicinal de algumas doenças. Segundo que o tráfico de drogas é o principal responsável pela manutenção do tráfico de armas, não só no Brasil, mas em todo mundo. As armas se mostram uma ferramenta importante para aqueles que trabalham no comércio das drogas ilícitas, simplesmente para terem poder para intimidar aqueles que querem combater esse comércio, como a polícia. Há quem defenda que a prisão, tanto das pessoas que comercializam quanto as que fazem o uso de entorpecentes, é a solução. No entanto, um país como o Brasil, infelizmente, não possui um sistema carcerário eficiente que suporte a prisão de todas essas pessoas. Além de que, o Estado não consegue dar assistência de recuperação a todos e ainda se preocupar com o combate ao tráfico. Portanto, é evidente que o conflito do consumo das drogas lícitas e ilícitas é consistente e deve haver uma disponibilização maior dos órgãos responsáveis, em mudar as bases que temos hoje sobre entorpecentes, pois não há uma justificativa que inclua as chamadas drogas lícitas e exclua as ilícitas. É necessário, então, que a possibilidade de descriminalizar o uso das drogas ilícitas seja considerada pelo Governo Federal, pela Justiça e pela polícia, uma vez que a renda obtida no comercio destas, ao invés de sustentar o tráfico de armas, seja revertida, por exemplo, para a saúde no país, tratamento e ressocialização dos usuários. Além disso, que as campanhas de não uso de drogas, feitas por ONGS, comunidades e escolas, sejam incentivadas pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, contribuindo assim, para que mais adultos e jovens tenham apoio e informação, visto que a escolha sobre o uso de drogas é uma escolha individual e deve ter suas consequências refletidas.