Durante o período do Neocolonialismo, somos apresentados a Guerra Anglo-Chinesa, também chamada de Guerra do Ópio, onde ingleses insatisfeitos com acordos comerciais que mantinham com a China, passaram a vender ópio ilegalmente para chineses, e em pouco tempo o vício no entorpecente se tornou uma epidemia. O uso de drogas em excesso para fins recreativos é um problema de saúde pública, e cabe ao governo regulamentar quais podem ou não ser consumidas, no entanto o Estado falha nesse aspecto, por vezes permitindo o consumo de algumas e criminalizando outra menos prejudiciais. O tráfico é responsável por 24% das prisões no Brasil, ou seja, um quarto dos presidiários estão detidos devido a venda de substâncias ilegais, como a maconha. Logo, a descriminalização desta, uma vez que, inclusive, já foram aprovadas suas propriedades medicinais, se vê como uma alternativa para diminuir guerras bélicas entre traficantes, e além disso, diminuir a superlotação de presídios. Uma vez que o negócio deles entrar no mercado formal poderão competir entre si por um produto de maior qualidade, além de disputarem mercado com outra drogas já liberadas, como caso do tabaco e do álcool. No entanto drogas, tanto ilegais quanto legais, quando utilizadas em excesso se tornam uma questão relevante a saúde de todos. Levantamentos da PF (Polícia Federal) mostram que por volta de 42 mil brasileiros morrem por ano em acidentes de trânsito, sendo destes 60% causados pelo álcool. E, também, de acordo com uma pesquisa exposta pelo site MD.SAÚDE, diz que 90% das pessoas que apresentaram casos de câncer de pulmão, são ou eram fumantes. É notório, portanto, que novas políticas devem ser adotadas tanto para substâncias lícitas, quanto para ilícitas que podem vir a compor o mercado. De início poderiam ser discutidas novas regulamentações dentro da câmara dos deputados, como a adoção de políticas que limitem o quanto de uma certa droga recreativa pode ser ingerida em certo período de tempo, essa medida já foi adotada no Uruguai após a liberação da maconha, onde uruguaios fazem uso da substância legalmente, porém com o governo combatendo casos de vício. Além disso, a descriminalização de drogas já estudadas, onde suas propriedades medicinais e recreativas são conhecidas, se faz necessária, tanto para combater o tráfico, quanto para conferir o livre arbítrio aos brasileiros.