Percebe-se que a discussão sobre o consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil é frequente. Num país que se posiciona em quinto lugar no continente americano em mortes por álcool, que o uso do cigarro gera uma perda de R$56,9bi anuais devido gastos com a saúde, e que o tráfico de drogas é uma epidemia crescente, procura-se entender o conflituoso consumo que gera esses problemas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as drogas ilícitas são responsáveis por uma pequena parcela (0,8%) dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o álcool e o cigarro correspondem a 8,1%. Ainda que pareça uma quantidade baixa, as mortes causadas de forma direta ou indireta por essas ambas as drogas são alarmantes. Nesse contexto, entende-se que as drogas legais e ilegais afetam o cotidiano do cidadão, inclusive no âmbito da segurança, visto que acidentes são comumente causados por embriaguez e que uma guerra urbana é travada diariamente pelo combate contra as drogas ou disputas entre facções, como pode ser observado no Rio de Janeiro. Desse modo, é incoerente o modus operandi aplicado para narcóticos e drogas legais, já que ambos são prejudiciais à nação. Para que essa situação mude, o governo deve intervir através de projetos socio-econômicos. É necessário que aliado a uma política de tolerância às drogas, haja um controle rigoroso do consumo, incluindo as legais, acompanhado de intensa conscientização. Através dessa política é vital que haja uma ferramenta para identificação dos usuários, principalmente os de narcóticos, para que sejam tratados como pacientes e não criminosos. É também importante que desenvolva-se oportunidades de emprego, já que o tráfico é uma forma de trabalho utilizada geralmente para sanar problemas econômicos.