Título da redação:

Escobar já morreu

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 14/08/2017

A série de televisão norte-americana, disponibilizada em 2015 pelo serviço de streaming Netflix, Narcos, adapta a história real de Pablo Escobar, narcotraficante colombiano famoso pelo tráfico de cocaína nos Estados Unidos e em toda Europa, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo. Tanto na realidade quanto na série, Escobar acaba capturado pela DEA (Drug Enforcement Administration) e morto. Não tão distante do acontecimento, o Brasil passa por um processo de discussão sobre a descriminalização de drogas ilícitas, que traria diversos benefícios para sociedade. Primeiramente, o país permite, licitamente, o uso do cigarro e da bebida alcoólica, dentre outras drogas menos populares, as quais causam mal ao indivíduo e geram problemas de saúde pública, porém, para contrapor isso o Estado regulamenta e alerta sobre o uso do tabaco e bebida, por exemplo, fumantes só podem fumar em locais abertos e nas caixas dos maços de cigarro vêm alertas sobre seu uso indiscriminado, e também, quem bebeu não pode dirigir sobre efeito do álcool. Assim, a descriminalização se faz necessária, isso pouparia os policiais de perseguir traficantes e diminuiria o número de presos, todavia, o Estado deve regulamentar o uso das drogas ilícitas como já faz com as lícitas. Além disso, segundo a Declaração do Direitos Humanos, proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), em seu Artigo 1 declara “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”, esse direito natural, contextualizando, diz que qualquer um pode fazer uso de entorpecentes, desde que não afete diretamente seu semelhante. Logo, o Estado criminalizar qualquer tipo de droga é, antes de tudo, inconstitucional, já que os Direito Humanos foram garantidos na Constituição de 1988. Portanto, são inegáveis os benefícios que a descriminalização das drogas trariam para nação, mas a questão ainda exige discussão e experiência para atingir seu potencial. Primeiro, o Estado deve licitar uma droga “leve”, como a maconha para uso medicinal e recreativo, após isso estudar como a população responde ao ato, caso positivo, descriminalizar outras, em processo gradativo. Também, o Ministério da Educação e Cultura junto ao da Segurança, afirmar e ampliar programas de prevenção ao uso de drogas em colégio e centros acadêmicos, como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas). Por fim, o Estado junto a Mídia investirem em propaganda, palestras e cartazes sobre os malefícios do uso de drogas, tornando o usuário consciente do que está consumindo. Assim, não haverá outro Pablo Escobar na história.