As drogas licitas e ilícitas são um problema que aparenta não ter fim, o que nos leva a refletir sobre qual é a maneira mais eficaz de lhe dar com ele. A legalização total é uma resposta que teoricamente amenizaria muitos efeitos negativos e traria lucro ao Estado, mas não é uma solução completa. Diante dessa questão, a regularização faria pelo menos o Estado lucrar, pois, de um lado da balança, os gastos com a guerra ao tráfico seriam exonerados, por exemplo: a polícia não usaria mais seus recursos invadindo territórios dominados pelo tráfico, causando tiroteios com baixas de policiais, além de civis por balas perdidas; os processos criminais diminuiriam, desafogando o nosso, já congestionado, sistema judiciário; o número de detentos cairia, logo os gastos com penitenciárias também. Isso tudo num grande efeito cascata, mantendo nos cofres públicos recursos que poderiam ser remanejados para saúde e educação. Do outro lado da balança, seriam arrecadados impostos com o novo ramo comercial, assim como acontece com o álcool e o tabaco. Drogas como a maconha seriam vendidas em ambientes mais seguros e fiscalizados, dando segurança tanto para quem vende quanto para quem compra, atraindo os consumidores que frequentam áreas de risco. Além da criação de empregos com carteira assinada e a diminuição da desigualdade social e do desemprego. Nesse sentido a balança penderia para uma receita estatal maior, dando mais poder financeiro para tratar outras mazelas. Outro ponto, que não está nessa balança, mas é de extrema importância, são as mazelas sociais ocasionadas pela dependência química que qualquer droga pode levar. A vida do usuário é destruída gradativamente, levando-o a condições nefastas de saúde física e mental, dependendo da substância. Caso o Estado não se prepare, a legalização pode aumentar essas mazelas, causando um caos maior, do que já está, na saúde pública. Dessa maneira, o cenário mais vantajoso é o da legalização total das drogas, mas com o Governo Federal atuando para amenizar os efeitos negativos ao bem-estar social, assim como já faz com outros produtos. A primeira medida, por meio de lei sancionada pelo governo federal, seria que parte da arrecadação desse novo comercio fique destinado ao SUS, assim quanto maior o consumo, maior o orçamento da saúde pública. A segunda medida seria socioeducativa, as escolas apresentariam aos jovens as consequências do uso das drogas como parte do seu currículo. E por fim os grandes meios de comunicação devem se comprometer a apresentar em horário nobre casos de dependentes químicos com o objetivo de sensibilizar a todos sobre como as drogas podem acabar com uma vida.