Título da redação:

Arma química

Proposta: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 25/10/2017

Século XIX: China, Guerra do Ópio. Século XXI: Colômbia, Forças Revolucionárias da Colômbia. O conflituoso consumo de drogas não se restringe apenas ao Brasil ou a uma época. É um transtorno que vem assolando gerações inteiras. Além da violência já mencionada, afeta a saúde do indivíduo e o equilíbrio da sociedade. A vista dessa perspectiva faz-se necessária uma análise acerca desse hábito supostamente nocivo, e procurar soluções para combatê-lo. Em primeiro plano, o apelo midiático exerce influência histórica no consumo de drogas. Nesse sentido, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que proíbe a propaganda do tabaco fora dos locais de venda. Contrariamente a isso, ainda é livre a publicidade de bebidas com teor alcoólico. Segundo a Declaração de Direitos Humanos, garantidos na Constituição de 1988, em seu Artigo1 declara “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.” Contextualizando, diz que qualquer indivíduo pode fazer uso de drogas. Portanto, é paradoxal que a criminalização das drogas seja um ato inconstitucional e ao mesmo tempo, a favor do direito natural do cidadão: a saúde. Ademais, é necessário ressaltar que, segundo a afirmação de Durkheim acerca do fato social, o meio no qual vive a população os influencia diretamente no que tange às suas racionalizações. A respeito disso, durante a guerra do Vietnã a heroína tornou-se um hábito comum na tropa americana. O propósito da droga era potencializar a coragem e ousadia dos soldados, e principalmente, servir como uma rota de fuga dos traumas envolvidos nos conflitos. Por conseguinte, o uso de entorpecentes e seus similares, por vezes são estimulados por desequilíbrio psicológicos influenciados pelo meio. Fica claro, portanto, que o direito à saúde e o bem-estar, assegurado pela Constituição de 1988, apenas será posto em prática através do controle das drogas ilícitas e lícitas. Nesse sentido, a Agência Nacional de Saúde Suplementar deve, por meio das mídias televisivas e sociais, veicular conteúdos capazes de demonstrar as consequências do uso de tóxicos, visando a motivar a sociedade civil um uso consciente da substância. Afinal, somente com a cooperação entre Estado e sociedade será possível lutar contra a “arma química”, um mal que ameaça a vitalidade da população brasileira.