Não é de hoje que o uso de drogas é existente não só no Brasil, mas também em todo o mundo. Seja por diversão, afago, rituais religiosos ou até mesmo para fins medicinais, elas sempre chegam à algum parâmetro social em culturas diferentes independente de serem lícitas ou não. O interessante é observar como que a sua proibição ou não proibição faz com que principalmente as camadas mais pobres da sociedade sejam afetadas. Enquanto as classes médias e ricas têm acesso à informações sobre os benefícios e malefícios do qual uma substância pode trazer, as classes pobres, que geralmente vivem em comunidades comandadas parcial ou integralmente pelo tráfico, visualizam no seu dia-a-dia a dura realidade dos efeitos negativos em questão ao efeito da criminalização, como por exemplo a carência de controle e o fácil acesso ao consumo dessas drogas, e a consequente violência diária vinda de uma inacabável guerra entre o tráfico e a polícia. Com a legalização, seria possível aquecer o dinheiro público com os impostos do produto e, possivelmente, investir em propagandas de como e porquê o uso de drogas traz um efeito individual, e, consequentemente, social negativo, além de apontar o quanto o uso consciente é necessário para erradicar uma possível epidemia. É importante ter em mente que a falta de informação enfraquece a mente, e, por isso, é válido investir em uma educação de qualidade para fortalecermos nosso consciente que nenhum vício é saudável, seja ilícito ou não.