O conceito de escravidão, atualmente, é diferente daquele que existiu há mais de um século. Essa forma de prisão afeta consideravelmente as regiões em que o IDH é mais baixo, por boa parte da população não ser alfabetizada e não tem consciência de seus direitos. Antes de tudo, vale ressaltar como a abolição da escravatura, no Brasil, foi um processo tardio. Esse só foi encerrado, totalmente, quando os fazendeiros, maiores empregadores da época, perceberam que compensava mais para eles, financeiramente, pagar um salário ao seu empregado, para que esse sobrevivesse, do que explora o seu trabalho e ainda ter de sustentá-lo, pois era um gasto maior. Partindo desse pressuposto, de pagar um salário, mesmo que pouco a um empregado, o conceito de escravidão foi mudado. Antes ele era classificado como opressor, onde a vida e todo o lucro de trabalho do negro pertenciam ao seu dono. Já atualmente, o trabalho escravo é classificado como um serviço com muitas horas de trabalho pesado para ganhar apenas alguns reais. Também é possível destacar como a falta de acesso à educação afeta o empregado, que por não ter conhecimento de seus direitos são submetidos a péssimas condições de trabalho e baixos salários, como aqueles que trabalham em carvoarias, a jornada de trabalho chega à 12 horas diárias para ganhar um mísero salário mínimo de 750 reais. Portanto, bem como a exploração do operário foi combatida com a Revolução Industrial, aqueles trabalhadores que perceberem estar sendo escravizados deve organizar um movimento social como o Ludista, para conseguirem melhores salários, pois esses são submetidos à péssimas condições de trabalho. Ademais, o poder público poderia fazer uma maior fiscalização das leis vigentes, que são contra o trabalho servil, para a sua plena execução, aplicando punições, como prisão, àqueles que submeterem outras pessoas a esse tipo de exploração.