"A tortura deu lugar às descobertas mecânicas mais engenhosas, cuja a produção dá trabalho a uma imensidade de honestos artesãos.", nessa frase, Karl Marx evidencia a mudança ocorrida na dinâmica laboral da sociedade a partir da consolidação da revolução industrial e, no Brasil contemporâneo observa-se em diversos aspectos, essa analogia à escravidão. Contudo, com a intervenção do Estado, no decorrer do tempo, houve considerável ganho na qualidade de trabalho, mas no Brasil constata-se esporadicamente, casos em que trabalhadores têm seus direitos usurpados, sendo colocados em condições subumanas, onde nada ou muito pouco acontece com os responsáveis. Outro fato que invalida a máxima "o trabalho dignifica o homem" é a disparidade salarial entre as categorias, que sobretudo legitima a hierarquia social no país; diferente de países desenvolvidos como a Suécia, onde um gari tem o salário próximo ao de um médico, já no Brasil, vê-se oposição por grande parte dos empregadores ao ganho de direitos trabalhistas da classe doméstica. A partir dos fatos apresentados, nota-se que para solucionar a questão do trabalho escravo no Brasil, faz-se necessário valorizar a classe trabalhadora, por meio da aproximação salarial entre todas as categorias e também, trazer um maior rigor às Leis que abordam essa temática, afim de tornar de fato, o trabalho um mecanismo de dignificação da vida humana.