De acordo com Patrick Harry, ex-governador do Estado da Virginia EUA no século XVIII, ´tendemos a fechar nossos olhos diante de uma verdade dolorosa`. Nessa perspectiva, o trabalho escravo no Brasil, está enraizado historicamente, na cultura de exploração de indivíduos considerados inferiores e socialmente desprovidos de amparo. Logo, a perpetuação deste modo de exploração, reflete de modo negativo na construção da sociedade. Segundo Aristóteles, o escravo faz parte dos bens vivos do homem, para que este possa viver uma vida de conforto. Sob tal ótica, eram justificadas tais práticas, no Brasil, a escravidão dos africanos era a base da sociedade durante a Era Colonial e o Primeiro e Segundo Reinado, depois da abolição, veio a exploração aos imigrantes, que fugindo das guerras e da fome na Europa, via o Brasil como uma nova oportunidade, este trabalhava para pagar o custeio de sua viagem e as outras que se somavam. Deste modo, a imposição de ideologias etnocentristas e o aproveitamento monetário, fincou-se os alicerces na cultura brasileira, que em linhas gerais procura tirar vantagem sobre um indivíduo mais necessitado. Não é demasiado lembrar, que o sociólogo Emile Durkheim, em sua tese descreve, a sociedade como ´um corpo biológico` suas partes interagindo entre si. Nessa lógica, os altos índices de desigualdade social, firmados na carência de estruturas básicas, levam vários jovens a se submeter a trabalhos degradantes e a várias horas de esforço físico, para apenas sobreviver, o que nos leva a reflexão sobre a prevalência dessa chaga social, como um novo modo de aproveitamento, na cultura de exploração. A vista disso, a sociedade brasileira se encontra estagnada, entre a mentalidade arcaica do oportunismo e um mundo contemporâneo que repudia tais práticas. É indubitável, que diversos meios são criados e usados como justificação para a o trabalho escravo. Cabe ao Poder Legislativo, criar projetos de leis que diminuam a desigualdade social, para dá oportunidade de emprego aos jovens. Além disso, o Governo Federal, deve criar delegacias especializadas em combater tais práticas, para precaver e coibir este tipo de crime.