Apesar do Brasil ter sido o último país independente a abolir completamente a escravidão, anos após o feito, o Governo investiu massivamente em leis que protegem a população desse tipo de trabalho. No entanto, em pleno século XXI, o Estado parece estar vivendo um retrocesso, pois foi aprovada uma proposta que alter o Código Penal e retira os termos "jornada exaustiva" e "condições degradantes de trabalho" da definição de trabalho escravo. Diante disso, é possível perceber que ao invés de progredir, a política brasileira -em relação ao escravismo- está retrocedendo. Desde 1995 mais de 47 mil pessoas já foram resgatadas de locais insalubres e inseguros de trabalho e desses, 72% são analfabetos ou só estudaram até a quarta série. Diante disso e, da nova proposta aprovada pelo Código Penal, é lamentável que, ao invés de fazer um avanço, ao investir fortemente na educação, a política brasileira tem feito um retrocesso, diminuindo mecanismos de combate ´esse crime. essa relação é feita pois, em um país onde o ensino é precário e nem todos possuem acesso à ele, é um país cuja mão de obra é barata, já que muitas pessoas possuem pouca qualificação, acabam aceitando empregos condições de trabalho tão péssimas, que podem ser comparados à escravidão. Por trás dessa lógica, existe algo pior : a forma passiva na qual o Governo age com grandes empresas quando é revelado que, elas estão ligadas ao trabalho escravo. Essa realidade pôde ser vista há alguns anos, quando, foi descoberta que uma loja de roupas, internacionalmente conhecida, utilizava mão de obra escrava durante a sua produção. Diante disso, mesmo com a própria marca assumindo o erro, o Estado apenas estipulou uma multa na qual a mesma deveria pagar. Logo, se antes da proposta de reduzir o conceito de escravidão ter sido criada o incidente já ocorria, agora, após a aprovação da proposta, a tendência é que aumente o número de trabalhadores escravos no Brasil, mesmo que o país nãos os reconheça dessa forma. Fica claro, portanto, que a questão do trabalho escravo no Brasil merece medidas concretas e não apenas um belo discurso. Logo, o Governo deve induzir, a proposta recém aprovada,à ser levada novamente ao congresso, para que os deputados vejam os danos que elas podem causar à sociedade e repensem seu voto. Cabe ainda, ao Estado ser mais rigoroso na fiscalização do funcionamento das empresas. Além disso, cabem às ONGs investir no assistencialismo,abrigando trabalhadores que possam vir a ficar desabrigados e, devem também criar projetos que qualifiquem profissionalmente os cidadãos vítimas dessa problemática.