Em 1888, a Lei Áurea abolia a escravidão no Brasil. Frente a libertação, vários escravos ficaram, apesar de livres, desamparados. Sem terem moradias, formaram cortiços e, posteriormente, as favelas. A mobilidade social não foi suficiente para extinguir esta miséria, dando margem à postos de trabalho com condições precárias, tais como jornadas exaustivas e salários incompatíveis . Nasce assim um novo trabalho escravo no Brasil. Não sendo uma exclusividade brasileira, várias nações lutam para combater esta escravidão do século XXI. Como maioria destes abusos acontecem na área rural, como a agropecuária, o trabalho dos órgãos fiscalizadores é dificultado. Apesar disto, denuncias anônimas e rastreamentos por satélites são grandes aliados nesta luta. Mesmo em condições degradantes, estes trabalhos ainda são a melhor alternativa para muitas pessoas. Logo, a batalha para acabar com esta escravidão irá apenas combater uma consequência, e não a causa. Em suma, a desigualdade social gera empregos em condições análogas á escravidão. Embora o Estado tente combater esta prática, ela resiste em áreas isoladas, como o campo. Para que a situação seja supera em suas raízes, os governos devem oferecer possibilidades de mudança social para os desfavorecidos. Partindo de uma educação pública de qualidade até a infraestrutura para o mercado de trabalho, as pessoas não precisarão recorrer ao trabalho escravo. Deste modo, uma sociedade desenvolvida fornecerá condições dignas de vida para todos.