No romance de Jorge Amado, Cacau, há uma crítica social acerca das péssimas condições de trabalho que muitos indivíduos sofreram nas plantações de cacau no interior da Bahia. O livro escrito em 1934 retrata a vida que muitas pessoas são obrigadas a ter ainda hoje no Brasil, principalmente, na condição de semiescravidão. Infelizmente, esse cenário ainda predomina o país, demonstrando o sofrimento de muitos brasileiros que vivem diariamente essa situação desumana. As condições de trabalho devem ser favoráveis ao cidadão, garantindo saúde, alimentação e até mesmo moradia, dependendo do seu ofício. Entretanto, no Brasil, principalmente, em grandes lavouras de café e cana de açúcar, a situação dos trabalhadores é cruel, com longas jornadas de trabalho, falta de equipamentos e alojamentos insalubres. Tornando-se evidente a falta de recursos necessários a qualquer ser humano, sendo necessária uma discussão acerca das condições desses trabalhadores. Além disso, vale ressaltar o risco diário de acidentes no trabalho, essencialmente, por não terem equipamentos necessários, muitos trabalhadores sofrem com a falta de atendimento médico, e chegam a desmaiar por conta do trabalho excessivo. Por outro lado, a manutenção desse trabalho escravo é bastante positiva para fazendeiros e empresários que buscam mão de obra barata e conseguem por meio de pessoas com pouca escolaridade e que não possuem outra alternativa de vida. Nesse contexto, é necessária uma fiscalização por meio de politicas públicas voltadas para o fim do trabalho escravo no Brasil, com apoio aos trabalhadores, oferecendo escolaridade necessária para a mudança de vida e punindo os responsáveis pelo trabalho escravo. Nota-se que é uma realidade no país, sendo necessária uma maior discussão entre os governantes para acabar com a semiescravidão. Além disso, o trabalhador deve sempre exigir seus direitos de trabalho, denunciando os responsáveis pelo regime da semiescravidão, seja no meio urbano, seja no meio rural.