Designa-se escravidão como sendo a falta de liberdade;sujeição;dependência;submissão;bem como regime social de sujeição do homem e utilização de sua força explorada para fins econômicos, como propriedade. Embora no dia 13 de Maio de 1888 a Lei Áurea ter se instituído no Brasil , a escravidão de fato não deixou de existir, apenas foram alteradas as maneiras como esta é posta em prática.Tal afirmação se torna verídica quando se constata as condições de precariedade nas quais muitos trabalhadores estão inseridos, seja no campo ou no meio urbano a exploração da força de trabalho de vulneráveis é uma triste realidade. A conjuntura na qual o trabalhador que é explorado se encontra, respalda-se na condição de pobreza dessas pessoas, que muitas vezes se vêem obrigadas a deslocarem-se em busca de melhores condições de vida, mas que de maneira lamentável em alguns casos acabam tornando-se vítimas de indivíduos ávidos por lucro.No Brasil a questão do trabalho irregular possui duas tristes realidades;a que tange o imigrante ,principalmente,os bolivianos que saem de seu país na esperança de encontrarem melhores condições de vida, mas que acabam se tornando vítimas de empresas e de fábricas de roupas que os aliciam obrigando-os a trabalharem em condição de total precariedade, sem os seus devidos direitos e com remuneração mínima. Outra situação não menos importante é no tocante a exploração no campo, onde a banalidade da vida do trabalhador é nítida,pois este além de se submeter a uma condição que chega a ser degradante, também convive com constantes ameaças por parte de seus empregadores.Esse tipo de exploração da mão de obra apoia-se na condição de pobreza e muitas vezes de miséria na qual muitos se encontram, propiciando a atuação de aliciadores que prometem trabalho digno a pais de família,mas que na realidade os submetem a condição de escravo,algo bastante comum nas fábricas de carvão que fazem parte da produção do aço nacional, onde os carvoeiros vivem sob constante ameaça trabalhando exaustivamente para pagarem uma dívida que parece não ter fim . Apesar do dia 13 de Maio de 1888 ter se tornado uma data histórica para o país, a escravidão não deixou de fazer parte do contexto socioeconômico do Brasil, pois o passado de uma sociedade que em boa parte se ergueu à custa da mão de obra escrava ,infelizmente,possui resquícios dessa barbaridade como herança.Essa afirmação torna-se válida se observado o fato de que mais de quinhentos anos se passaram e o tema escravidão ainda persiste. Embora o ministério do trabalho se mostre atuante no que diz respeito a esse assunto, muito pode ser feito, pois é necessário haver maior vigilância do Estado por meio da Policia Federal,inclusive a de fronteira,em relação a questão dos imigrantes já que é sabido que estes vêm para o Brasil a procura de trabalho, e por conseguirem apenas visto provisório acabam aceitando a condição de trabalho clandestino.Quanto a questão do campo sabe-se que muitas pessoas, principalmente pais de família, se submetem a condições subumanas de trabalho, a exemplo dos carvoeiros,por falta de melhores oportunidades. Sendo assim é imprescindível haver por parte do Estado investimento em melhores condições de vida a essas pessoas, por meio de projetos que visem à geração de emprego e renda para o trabalhador do campo, o que pode ser realizado por meio de cooperativas que propiciem à economia de subsistência,bem como subsídios governamentais que assistam o trabalhador rural. Contudo, a questão da escravidão no Brasil em primeiro plano, deve ser combatida a fim de preservar valores inalienáveis a vida de todos os seres humanos, sendo estes; o direito a liberdade bem como a preservação de sua dignidade.