Segundo Hobbes o homem é o lobo do homem. A máxima filosófica reflete o determinismo sofrido por inúmeros indivíduos. Visto que, os relatos de trabalho escravo crescem vertiginosamente no Brasil, submetendo milhões de pessoas à condições sub humanas, precárias e nocivas à vida, realizadas por seus semelhantes. O início da história do Brasil é marcada, durante longos séculos, por atos de intensa escravidão. Mesmo após a abolição do escravismo, pela lei Áurea, tais atos ainda perpetuaram por vias ilegais, levando o sofrimento e a morte de milhões de pessoas. Apesar do Congresso Nacional ter sancionado a lei que criminaliza o trabalho escravo, este ainda hoje faz inúmeras vítimas. Analogamente, ao século XIX esse crime ocorre, principalmente no setor primário, em cidades rurais, especialmente no Norte e Nordeste, em latifundiários agrícolas e pecuários, outrossim nas carvoarias, onde é de difícil acesso e fiscalização. Em decorrência da grandiosidade do Brasil, dificulta a fiscalização do trabalho escravo em todo território. Ademais, outra contribuição é a falta de informação dos direitos do cidadão em locais remotos, aliada a precariedade de escolaridade dos indivíduos que são vítimas do trabalho escravo; onde serca de 69% são semi analfabetos ou analfabetos. Em posse disso, é com o intuito de reverter essa situação que atua a ONG Coração Azul, que auxilia na fiscalização e denunciação desse crime. Por conseguinte, ainda que cientes do período desolado de escravidão, alguns brasileiros, insistem a submeter seus semelhantes, os quais julgam inferiores por diferenças físicas ou intelectuais, à trabalhos análogos a escravidão, com atos de violência, jornada exaustiva e condições degradantes e nocivas a vida. Torna-se evidente, portanto, que para todos tomem ciência do conceito de trabalho escravo, ademais da criminalização deste, medidas devem ser efetivadas. Como: o aumento do policiamento e fiscalização, pelo Estado, nas áreas rurais do país; construção de escolas públicas nas zonas rurais e de difícil acesso, melhoria das já existentes e projetos de profissionalização de professores nessas áreas; apoio do Governo à ONGs de denúncia ao trabalho escravo; campanhas midiáticas para o incentivo da população a denúncia desse crime.