Título da redação:

Marinalva, exemplo a ser seguido

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 07/02/2016

Em pleno século XXI, o Brasil conseguiu voltar a hábitos imperiais. Mesmo após mais de 100 anos da implantação da Lei Áurea, responsável por abolir a escravidão, esse mal ainda persiste. A sociedade atual, movida pela busca do lucro excessivo, conta com empresários que aproveitam da falta de conhecimento de alguns para impor suas próprias regras, escravizando homens, mulheres e, até mesmo, crianças, seja por dívida ou por ameaças. Diante disso, faz-se necessário a intensificação de políticas públicas com o intuito de fazer a escravidão se tornar algo somente dos tempos de Dom Pedro. Vale ressaltar, primeiramente, o trabalho da mídia na divulgação de reportagens com o intuito de denunciar a escravidão contemporânea. O programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma matéria enfatizando o trabalho de Marinalva Dantas, fiscal do Ministério do Trabalho, responsável por libertar mais de 2000 pessoas do trabalho escravo. Estas, por suas vezes, eram submetidas a intensas jornadas de trabalho e péssimas condições de vida. Além disso, muitos dos trabalhadores mal sabiam que possuíam direitos regidos por uma Constituição. Com isso, é fácil notar que o Estado ainda precisa proporcionar um mínimo de conhecimento a respeito de direitos civis a todos. Em segundo plano, é preciso esclarecer às pessoas a ideia de escravidão atual. Grande parte da população remete à ideia do período colonial e imperial, no qual o negro africano era tratado como mercadoria. Entretanto, isso pode acontecer com qualquer pessoa com dificuldade financeira e desprovida de informação. Por isso é de grande importância que os cidadãos estejam cientes da realidade, para que, então, a própria população possa ajudar a combater esse crime com denúncias, por exemplo. Fica claro, portanto, que o Brasil ainda tem traços de séculos atrás. Apesar da dificuldade de fiscalização devido à imensidão territorial, o governo deve criar mais órgãos públicos fiscalizadores, a exemplo de Marinalva. Além disso, ONG’s, aliadas à mídia, devem continuar e intensificar o processo de divulgação e denúncia. Somente assim todos poderiam aproveitar a plena liberdade de escolha e proporcionar, consequentemente, o sentimento de orgulho à Marinalva.