Com a instauração da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) durante o governo de Getúlio Vargas, é inquestionável a melhoria da qualidade de vida entre os trabalhadores brasileiros. Contudo, não se pode negar que ainda nos dias atuais praticas análogas à escravidão são aplicadas em territórios brasileiros. No Brasil, o trabalho servil resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade, além de o trabalhador ficar atrelado a uma dívida, tem seus documentos retidos e, nas áreas rurais, normalmente fica em local geograficamente isolado. De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho, 52 mil pessoas foram resgatados de condições indignas desde 1995. Vale a pena ressaltar que não apenas os brasileiros estão submetidos a escravidão contemporânea, mas também migrantes sofrem cada vez mais com essa realidade. A exploração de migrantes está relacionada à ausência de políticas públicas adequadas, que deixa milhares de pessoas em situação vulnerável, com os Haitianos resgatados em Minas Gerais. Portanto estado e sociedade devem caminhar juntos para a resolução do problema, de forma que, a educação e a informação se tornam imprescindíveis. Cabe ao Governo Federal dar assistência às vítimas, alojamento, pagamento dos direitos e incentivo a qualificação profissional. É necessário também uma maior repressão aos responsáveis pela utilização de mão escrava, com compensação financeira ao trabalhador e uma severa punição aos criminosos pois como diria Martin Luther King "toda hora é a hora de fazer o certo".