Título da redação:

Educar é transformar

Proposta: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 20/10/2015

Em primeiro de maio de 1943, criava-se a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, onde garantia-se uma série de direitos para classe trabalhadora. Nesta última década, discussões sobre exploração da mão de obra envolvendo da proteção do trabalhador, tornaram-se frequentes. Embora muitos ainda sofrem abuso por partes de seus patrões, em especial na área da pecuária e agricultura. No entanto, em terra tupiniquim, o processo legislativo não é só mal projetado, como também, influenciado por grandes setores de poder. Tudo isso, em conjunto com o baixo acesso do indivíduo a informação, gera um cenário caótico no país. É importante analisar, em primeiro plano, o baixo nível de escolaridade dos empregados que sofrem exploração. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a taxa de analfabetismo nesse meio, ultrapassa os 30%, onde quase 40% do restante possuem apenas o ensino fundamental. Diante deste fator, surge uma exploração passiva, onde o proletário aceita com facilidade o que lhe é imposto. Paulo Freire, um educador brasileiro, já dizia que “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Além disso, é fundamental citar o sistema legislativo brasileiro. Com a falta de clareza na elaboração das leis, grandes setores empresariais argumentam que alguns termos como “jornada exaustiva” não estão bem definidos. Com isso, gera tumulto em torno do assunto, seguidos de alterações no código penal, que majoritariamente beneficiam, por exemplo, o agronegócio e o trabalhador é quem arca com as despesas através do suor. Diante de tudo que foi dito, percebemos um claro desequilíbrio entre as classes, que coloca em jogo direitos trabalhistas consolidados com a CLT. Portanto, o Estado deve ampliar programas de inclusão como o “Educação de jovens e adultos” (EJA), e dando continuidade com o modelo de educação popular, que valoriza os saberes prévios do povo e suas realidades culturais, para que haja maior interesse por parte da população de baixa renda. Dentro desses programas, a escola deve incentivar o questionamento do ambiente de trabalho, por parte dos alunos. Por fim, a mídia pode trabalhar em conjunto com ONGs proporcionando campanhas, com a finalidade: o esclarecimento em torno dos direitos e deveres de cada cidadão.