Desde 1888 a escravidão no Brasil foi oficialmente abolida, entretanto após mais de um século da data em que foi sancionada a lei Áurea ainda existem pessoas sendo submetidas a regimes de escravidão no território brasileiro. Apesar de não ocorrer nos moldes do século XIX, trabalhadores são expostos diariamente a condições sub-humanas de trabalho que são extremamente nocivas a sua saúde mental e física. Centenas de cidadãos, oriundos principalmente do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, são escravizados no Brasil anualmente, pessoas que por falta de emprego, baixa escolaridade ou falta de informação são vítimas desse regime escravocrata, predominantemente nos setores da agricultura e pecuária. Estes trabalhadores estão sujeitados a jornadas excessivas de trabalho, salários irrisórios, desrespeito a seus direitos legais e condições insalubres de moradia e alimentação. A escravidão é a degradação e desconsideração da dignidade e individualidade de outro ser humano, e está é a realidade de diversos trabalhadores brasileiros, devido à dificuldade de fiscalização, as proporções continentais do território brasileiro e a falta de denuncias da ocorrência da prática, muitos casos acabam ocorrendo por anos sem que haja suspeita sobre o que acontece dentro de algumas fazendas espalhadas pelo país. Tendo-se em vista o que foi exposto, a escravidão no Brasil irá somente ser extinta quando: ocorrer uma ampliação da fiscalização dos latifúndios, principalmente no interior do território; houver um enrijecimento das punições legais para as pessoas que praticarem tais atrocidades e uma disseminação de informações sobre direitos no trabalho e abuso de poder dentre os trabalhadores do meio rural. Para que seja finalmente cumprido o que foi estabelecido em 13 de Maio de 1888.