Título da redação:

Condor: uma asa para liberdade

Proposta: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 06/08/2017

É indubitável que a escravidão é uma problemática existente desde o surgimento do homem, divergindo apenas em forma e intensidade. Nos livros de história é possível acompanhar esse regime de servidão desde as civilizações antigas, até a colonização das Américas, onde ocorreu de forma mais intensa, recebendo, portanto, maior foco em debates. No entanto, é preciso perceber que, hordienamente, essa lógica excludente continua atreladas a realidade global de maneira análoga à praticada em séculos passados, tendo como barreira ao seu combate, sobretudo, a impotência governamental, adjunta da retrógrada mentalidade da sociedade. Nessa perspectiva, é preciso salientar a dificuldade do Estado na abordagem do problema. Para Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Tendo esse ponto de vista, é notória a ineficiência dos governos nacionais para com a resolução do impasse, haja vista a existência de dados em que grande número de pessoas são anualmente encontradas em regime de trabalho arbitral em diversas localidades, em que na sua maioria converge em benéficos econômicos indevidos para quem pratica tal ato. Outrossim, é válido ressaltar a participação, significante, civil no agravo da problemática. Em sua obra sobre as formas de dominação, Max Weber discorre como a herança de dogmas pode afetar a forma de pensar de um indivíduo. De forma prática, é plausível assimilar sua teoria com a escravidão atual, uma vez que os adeptos a existência dessa forma de trabalho, em sua maioria, segue “valores” herdamos as antigas civilizações, bem como das colonizações europeias. Entende-se, portanto, que os principais agentes que dificultam a resolução do impasse são a falha atuação governamental e a forma de pensar civil. A fim de atenuar o problema, é papel da Organização das Nações Unidas (ONU), com integral apoio internacional, agir de forma intensa para aumentar investigações e fomentar linhas de denúncia, além de sancionar maior atuação de forças armadas em casos de maior proporção. Ademais, cabe ao Ministério da Educação (MEC), em parceria com os veículos midiáticos, promover uma efetiva campanha em prol dos direitos humanos e sua importância, estimulando o rompimento de dogmas arcaicos em todas as camadas sociais. Assim, contribuindo para que todos tenham acesso à liberdade similar ao voo do condor, pássaro símbolo da terceira fase romântica no Brasil que tanto denunciou as injustiças sociais.