Título da redação:

Até quando Brasil Colônia?

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 11/07/2017

Muito tem-se discutido, recentemente, acerca da persistência do trabalho escravo na sociedade brasileira. O país foi o último a aceitar a exigência da liberdade de escravos, com a promulgação da lei Áurea, em 1888. Porém, a lei não garantia a inserção dos negros no mercado de trabalho, contribuindo para a desigualdade social, que estimula a aceitação de péssimas condições de trabalho, sem fiscalização. Tais fatores são considerados, segundo o Artigo 149 da Constituição Brasileira, condições análogas à de escravidão. Durante a revolução industrial, ocorrida na Inglaterra, as insatisfações dos trabalhadores entraram em ascensão. Nesse contexto, Karl Max e Friedrich Angels publicaram o Manifesto Comunista, primeiro documento histórico a discutir os direitos do trabalhador. Após esse momento, várias leis trabalhistas foram criadas, porém, as péssimas condições de trabalho ainda são presentes no Brasil. Isso ocorre porque, grande parte da população ainda desconhece essas leis, e não sabem como exigir seus direitos, diante disso, a falta de fiscalização é um fato da realidade nos ambientes de trabalho. De acordo com a teoria de mais-valia, de Karl Marx, o valor do trabalho e o salário recebido pelo trabalhador denota uma desigualdade, esse argumento pode ser perfeitamente aplicado na sociedade brasileira, onde a a exploração do sistema capitalista atua em conjunto com a desvalorização do trabalho. Certamente, tais fatos são consequência da desigualdade social, parte da população sujeita-se a atividades mal remuneradas, condições precárias e cargas horárias excessivas, problemas do trabalho escravo do século XXI, para garantir o sustento familiar, pois o baixo nível de escolaridade impede que adquiram um trabalho de qualidade. Para Paulo Freire, escritor brasileiro, sem a educação tampouco a sociedade muda, diante disso, para mudar essa realidade, é importante que a educação seja acessível para todos. Portanto, as medidas de atenuar o problema seriam o Ministério da Educação investir na criação de escolas em regiões carentes e o Ministério do Trabalho e Emprego, em parceria com grandes empresas, fornecer cursos técnicos gratuitos nessas regiões a fim de qualificar a mão de obra e garantir oportunidades a essa população. Além disso, o Governo Federal deve usar recursos midiáticos como televisão e redes sociais para divulgar os direitos trabalhistas e incentivar a realização de denúncias e a exigência da utilização da carteira de trabalho, para que a população ajude na presença da fiscalização.