Título da redação:

Ainda há cartas de alforria a serem distribuídas.

Proposta: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 01/05/2016

O trabalho é a força motriz da dignidade humana. Sem ele, as garantias fundamentais previstas no Artigo 5o da Carta Magna de 1988 não seriam possíveis. Entretanto, mesmo diante das maravilhas tecnológicas da contemporaneidade, ainda há pessoas submetidas à escravidão, que agora apresenta-se em outros moldes. Durante a história, a mão de obra escrava se fez presente em diversas civilizações. No Brasil, esta mazela foi oficialmente abolida em 1888, todavia, os padrões de desigualdade continuaram a existir na estrutura social do país, dessa vez mascarados em péssimas condições de trabalho, como nas zonas fabris inglesas do século XVIII. Diante de tal fato, a tecnologia e o estreitamento das relações no mundo globalizado podem ser fatores de resolução do problema. Mas o acesso à tais ferramentas permanece restrito àqueles que já possuem as condições básicas atendidas. Em contrapartida, as oportunidades para os socialmente excluídos perecem. É neste sentido que o Estado deve fomentar políticas de inclusão educacional e tecnológica. Para aqueles submetidos à escravidão contemporânea, o aperfeiçoamento pessoal pode representar sua "alforria". Portanto, no que tange à problemática que envolve a questão trabalhista, é crucial que haja atenuação da desigualdade social. Além das medidas supracitadas, o Estado também deve promover a Reforma Agrária e intensificar a fiscalização policial. O Terceiro Setor pode contribuir através de ações sociais voltadas à capacitação profissional. Além disso, a mídia deve realizar campanhas que exponham a situação para a sociedade.