O Brasil tem enraizado em sua história a marca da escravidão, foi através do trabalho exercido pelos povos aqui existentes (trazidos ou não) que devemos a rica cultura brasileira. Atualmente está em discussão na Câmara dos Deputados quais são as possíveis alterações a serem feitas no código que regulamenta o que é o trabalho escravo, com exclusões e ou modificações de terminologias que se fazem desnecessárias. Nos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma a preocupação acerca do trabalho escravo gerou ações positivas como, por exemplo, o reconhecimento de que em território nacional ainda havia esse tipo de exploração e a proibição do trabalho infantil. Dados de todas as operações contra a escravidão que já foram completadas, mostram que em sua maioria, as vitimas são homens, analfabetos ou com graduação até a quarta série, oriundos das regiões menos favorecidas e que se quer desconfiam da exploração sofrida. Em uma população como a brasileira, a desigualdade ainda é um obstaculo diário. Mulheres, negros e crianças sofrem com a falta de equidade. A educação fundamental pública é fraca, as oportunidades de emprego são escassas e com baixa remuneração para quem não apresenta qualificação. Ficam assim reféns, tendo que se submeterem ao trabalho que aparece para sustentar aqueles que deles dependem. Pode não parecer, mas temos uma escravidão velada, gerada pela falta de educação e oportunidade, onde a maioria (que mais parece minoria) não tem voz. O que se espera é que essas ações positivas, se tornem afirmativas e que seus frutos possam ser colhidos e preservados pela sociedade brasileira. O governo deve zelar pela equidade de sua população, não se submetendo aos interesses da minoria abonada. Deve-se respeitar a história de luta dos povos que aqui viveram e não repeti-la. A educação deveria ser a base do país, assim problemas ligados a desigualdade social como é o caso da escravidão aconteceria cada vez menos.