Título da redação:

A dominação contemporânea

Proposta: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 19/10/2017

Entre os séculos 16 e 19, o imperialismo europeu escravizou muitas pessoas nas colônias, sobretudo na América. Posteriormente ao avanço da Revolução Industrial, o proletariado emergente iniciou protestos, como o Cartismo, contra as pechosas condições constatadas nas fábricas. No contexto hodierno, configura-se ainda uma ignominiosa escravidão moderna que assola o mundo todo, principalmente países emergentes, como o Brasil. Infere-se, portanto, uma posição displicente tanto da sociedade, quanto do poder governamental para com esse óbice da contemporaneidade. Sob ótica de Kant, os homens devem ser tratados não como coisas que possuem valor, mas sim como seres que têm dignidade. De encontro à essa análise, a vexatória vulnerabilidade social e o vicioso sistema capitalista propiciam cenário para a exploração. Essa situação configura-se não só nos antigos parâmetros da colonização, mas nos abusos que jovens e adultos sofrem no país em troca de míseros salários ou promessas de melhoria de vida. Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil tem mais de 25 mil trabalhadores em condições análogas à escravidão. Embora haja políticas para combater tal prática, a OIT declarou que o Brasil não consegue cumprir as metas de redução do trabalho escravo. Por conseguinte, um cenário díspar ao que deve ser seguido pelo artigo 5 da Constituição prevalece. Acentua-se o serviço desregularizado, abrindo possibilidade para o descumprimento das leis dos trabalhadores, a não formação de profissionais qualificados e com isso um déficit no mercado de trabalho formal, atrapalhando o desenvolvimento do país. Outrossim, o quadro de desigualdade social é fomentado na mesma proporção que esse crime é cometido. Destarte, urge reverter essa situação, visando a erradicar a escravidão hodierna. Incumbe ao MT agir mais austeramente com as políticas de combate, instaurando bases de apoio para fiscalização em zonas onde resgastes são constantes, mesmo que ainda pouco eficientes, e em áreas distantes que sejam possíveis lugares de exploração, a fim de resgatar mais trabalhadores e assegurar punição aos aliciadores. Cabe ao órgão também agir juntamente à ONGs e à sociedade para promover ações de prevenção, por meio de campanhas que incentivem a denúncia, permitindo a formação de um mapa para alerta, e promovam acesso à informação onde pessoas menos esclarecidas são aliciadas. Em suma, objetiva-se buscar referências opostas à colonização e assim assegurar a integridade e o direito de todos.