Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O combate ao bullying no Brasil

Redação enviada em 18/05/2019

É de conhecimento geral que, durante a década de 30 na Alemanha, os ataques de nazistas contra os judeus implementaram o sentimento de superioridade de uma raça ariana perante a uma minoria subjugada, ocasionando, posteriormente, a Segunda Guerra Mundial. Nesse viés, hodiernamente, no Brasil, a persistência da discriminação evidencia a ineficiência do combate ao bullying. Isso acontece em razão não apenas da falta de atuação do Poder Público em criminalizar os discursos de ódio, mas também do papel exercido pela mídia em estabelecer estereótipos ideais. Primeiramente, embora o direito ao respeito seja assegurado pelo artigo 277 da Constituição Federal de 1988 como um dever do Estado, é frequente a ocorrência de agressão, física e moral, para com grupos historicamente excluídos, a exemplo das mulheres e dos afrodescendentes. Assim, é evidente que, em um cenário segregacionista, a pouca iniciativa do Governo na tentativa de reprimir a violência contra as minorias corrobora a persistência do bullying na sociedade. Nesse sentido, haja vista a impunidade dos atos discriminatórios, a gravidade dos ataques é vista de forma amenizada, o que acentua o preconceito e naturaliza as agressões. Outrossim, cabe destacar a ação da mídia- veículo de grande alcance informacional- em reafirmar os padrões de comportamento e de beleza a serem seguidos pela população, o que intensifica a aversão contra indivíduos que não se enquadram nos moldes pré-estabelecidos. Ademais, a situação é agravada quando esse tipo de violência atinge as escolas, uma vez que o bullying interfere na autoaceitação dos alunos e na sua compreensão das diferenças. De acordo com uma pesquisa realizada pela UNICEF, cerca de 43% das crianças e jovens já sofreu bullying; dado alarmante, uma vez que a acentuada influencia, pelos padrões midiáticos, desconstrói nas crianças a sua percepção acerca da importância da pluralidade de representações. Nesse sentido, diante da gravidade do impasse, urge que o Ministério da Educação, por meio de verbas enviadas pelo Estado, promova nas escolas, com a participação de professores especialistas e da família, palestras e atividades lúdicas que trabalhem a importância da representatividade e da tolerância. Dessa forma, a fim de que os alunos tenham contato com as diferenças e aprendam a respeitar uns aos outros, a problemática tornar-se-á controlada, e o bullying poderá ser combatido no Brasil.