Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 11/09/2017

A Constituição Federal de 1988 assegura as crianças o reconhecimento como cidadãos detentores de direitos. Entretanto, os frequentes casos de exploração sexual infantil mostram que tais atos são banalizados pela população, que não corrobora com o meio judiciário supracitado. Com efeito, pressupõe-se uma análise social e econômica. Em primeiro plano, é indubitável que esse crime ocorre com mais frequência em crianças de baixa renda. Nesse viés, a desigualdade social vitimiza os mais novos a serem explorados sexualmente, já que a falta de apoio familiar torna esse delito como modo de sustentação financeira, não oferecendo os recursos básicos estabelecidos pela Carta Magna, como a alimentação e educação de qualidade. Desse modo, os obstáculos na reintegração das crianças na sociedade após os casos de abuso, é um processo lento que requer apoio psicológico e físico, haja vista que a mercantilização corporal desses indivíduos, compromete o desenvolvimento social de acordo com a idade cronológica infantil. De outra parte, o filósofo Thomas Hobbes, defende que o comportamento moral de cada pessoa deve agir apenas segundo seus próprios interesses. Dentro dessa lógica, a Organização das Nações Unidas calcula que o tráfico sexual infantil arrecada nove bilhões de dólares todo ano, na qual as crianças na maioria dos casos são persuadidas nas redes sociais, que utilizam sem a supervisão de um responsável. Ademais, o conservadorismo e o machismo ainda presentes nos órgãos federais dificultam o combate à problemática, em que se espraiam no atendimento as vítimas dos abusos e nos direitos infantis. Como exemplo, o caso em que duas meninas sofreram exploração sexual e os juízes descartaram as acusações, por considerarem que as vítimas, um delas criança de oito anos, já tinham experiências sexuais antes. Urge, portanto, que a sociedade de um modo coletivo e as instituições públicas, cooperem conjuntamente no combate a exploração sexual infantil. Cabe aos cidadãos repudiar tais abusos, por meio das mídias sociais, capazes de desconstruir a banalização dos crimes. Ao Poder Legislativo, por sua vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra a exploração infantil, intensificando a penalização dos abusadores. Paralelamente, ONGs que defendem os direitos das crianças devem oferecer suporte aos mais jovens, financiando tratamentos e realizando reuniões para debater sobre o tema, objetivando aumentar o numero de denúncias aos abusos. Assim, a sociedade brasileira poderá garantir os direitos infantis, ultrapassando os atuais paradigmas.