Título da redação:

O mito da exploração sexual infantil

Proposta: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 17/09/2017

A exploração sexual infantil é um mal no qual todos os países enfrentam, sendo mais evidente em regiões cuja pobreza domina a população. Isso se evidencia com a desigualdade social em consonância à negligência dos pais e do Estado. Fatores que permitem a manutenção desse flagelo na sociedade. Desde o inicio das civilizações a sociedade enxerga os jovens e crianças como adultos. Essa visão deturpada é facilmente vista em lendas. Dentre elas, destaca-se a mitologia do jovem Ganímedes, príncipe de Troia: por sua beleza é raptado por Zeus e levado ao Olimpo para trabalhar e servi-lo sexualmente. Como os mitos revelem o pensamento de uma sociedade, percebe-se o descaso cometido às crianças desde a antiguidade. Elas eram obrigadas a participarem da vida adulta colaborando em guerras, trabalhando e até mesmo casando-se antes da puberdade. E o mais agravante é que resquícios dessa interpretação ainda persistem na atualidade, colaborando na continuidade da exploração infantil. Além disso, a carência econômica gera suporte para a existência da exploração sexual de menores. Aliciadores aproveitam-se da inocência e carência de crianças as incitam à prostituição. Sem melhores opções, elas aceitam o trabalho como forma de colaborarem com o sustento na família. De acordo com pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Ação Social do Rio de Janeiro, de 437 jovens envolvidos na prostituição, trinta e dois por cento dos pais sabiam o que os filhos faziam. É lastimável saber que quem deveria proteger e educar os próprios filhos resigna-se diante da violação dos direitos da criança e do adolescente, preferindo o dinheiro fácil a vê-los estudando e formando-os melhores pessoas. Dessa forma, a falta de uma consciência respeitável sobre o papel de crianças e jovens na sociedade leva à permanência da exploração sexual deles, sendo agravada com a miséria que assola, principalmente, países em desenvolvimento. Para combater esse flagelo, primeiramente os familiares precisam respeitar e aprenderem a participarem da vida de seus filhos. Para isso, escolas devem contratar psicólogos e orientadores a fim de criarem grupos de discussões com pais dos discentes, propondo-lhes caminhos eficazes para a criação dos filhos, como os incentivando à prática esportiva, os estudos e evitando agressões físicas e morais a eles. Por fim, o Ministério do Desenvolvimento Social deve aprimorar politicas sociais, como a Bolsa Família, aumentando o valor do programa, se os pais terminarem os seus estudos ou se realizarem um curso técnico, proporcionando-lhes uma profissão e possibilitando melhores condições de vida para toda a família. Combatendo a pobreza e instruindo os adultos na educação de suas crianças, a exploração sexual será apenas uma fábula no futuro da humanidade.