Título da redação:

O mercado da perversidade

Proposta: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 24/09/2017

O filme Marcas do Silêncio, vencedor do prêmio Emmy, em 1997, conta a história de uma menina utilizada como mercadoria sexual pelo padrasto para aumentar a renda da família, o que desenvolveu na criança sérios problemas de comportamento, como insegurança, medo e angústia. Assim como nos cinemas, a exploração sexual infantil conduz consequências trágicas e ocasionalmente fatais à vida das vítimas. Sendo assim, essa é uma prática que precisa ser combatida. Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Dessa forma, a prática da exploração sexual a crianças, configura uma perversidade que, além de deixar marcas memoráveis, acarreta insegurança, medo e pânico. Além disso, tal exploração, equiparado à escravidão pela OMS (Organização mundial da Saúde), desenvolve nas crianças a incapacidade de confiar, o que impede que elas criem laços afetivos com outros indivíduos, desenvolvendo problemas de socialização e depressão, podendo, em certos casos, levá-las ao suicídio. Um dos problemas relacionados a tal situação é o grande poder de persuasão do aliciador que, aliado a incapacidade da criança em decidir o que é ou não plausível, molda o seu modo de pensar e o transforma numa massa de manipulação. Somado a isso, as dificuldades em identificar os casos e a carência na divulgação de campanhas de conscientização são fatores que contribuem para a manutenção da exploração sexual infantil. Portanto, para que a erradicação desse problema seja alcançada, é necessário, primeiramente, que o Ministério dos Direitos Humanos, em parceria com as escolas e instituições de ensino, utilize psicólogos e professores treinados, que saibam reconhecer na criança aspectos que identifiquem a opressão, como baixa sociabilidade e introversão. Ademais, a criação de uma ouvidoria pública online, por parte do poder público, amplamente divulgada, em que os cidadãos possam relatar, anonimamente, situações suspeitas presenciadas ou ouvidas, é indispensável para que o conselho de segurança local tome as medidas cabíveis, diminuindo, assim, os casos de exploração sexual infantil.