Título da redação:

O jovem como mercadoria.

Tema de redação: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 27/10/2017

Os portugueses foram os principais responsáveis pelas atrocidades que acometeram os povos africanos, no período de colonização do Brasil, como inseri-los em um complexo trabalho compulsório. No século XXI, após ser erradicada a escravidão, outra forma de emprego abusivo se faz presente na sociedade: a exploração sexual de jovens, que se encontram em estado de vulnerabilidade, seja pela má estruturação familiar, seja pelo enganoso uso da internet. Sabe-se que a estrutura familiar é de suma importância para a formação dos adolescentes. Decorrente à falha nessa questão, é que os jovens se iludem com as falsas promessas dos aliciadores, como independência dos pais e questões financeiras, e adentram ao mundo da exploração, sem perspectivas de saída. Fato que se comprova pelos dados colhidos pelo Disque 100, que aponta como 175mil o número de casos denunciados entre 2012 e 2016, evidenciando que esse não é um problema de regiões periféricas, mas sim nacional. Aliado a isso, tem-se o uso inadequado da internet, promovendo a pornografia infantil como produto de mercado. Visto que os jovens criam seus perfis em redes sociais gradativamente mais cedo, os aliciadores têm seu trabalho facilitado devido à necessidade que os adolescentes criaram de compartilhar todos os seus momentos em fotos e vídeos, além de serem vulneráveis às propostas oferecidas por eles. Em virtude disso, é que 70% dos casos ocorrem com crianças até 14 anos, segundo o site Rede Brasil. É evidente, portanto, que o combate à exploração é dificultado pela própria vida do jovem. Logo, é necessário que o Ministério da Justiça, em parceria com as escolas, enviem representantes que possam informa-los, por meio de palestras e cartilhas lúdicas, sobre como é a abordagem do aliciante e como é a vida de quem o segue, implantando em curto prazo. E ainda, é preciso que a mídia, por meio de comerciais de rádio e televisão, exponha casos de exploração que vieram da internet, além de mostrar aos responsáveis dos jovens a necessidade de vigiá-los e que tentem retardar o início da sua vida virtual, implantando em curto prazo.