De acordo com o filósofo Inglês Thomas Hobbes existe um Estado de Natureza humano selvagem que a vioência prepondera e que é necessário a criação de um pacto social, análogo a formação de leis, para assegurar a paz.Todavia, no panorama atual, apesar de haver um Estatuto da criança e adolescente, a exploração sexual infanto-juvenil permanece vívida na sociedade brasileira mediante a uma educação precária e o silêncio sobre a magnitude dessa atrocidade.Dessa forma, é fundamental discutir sobre essa chaga social. É imprescindível destacar ,de início, a importância da pedagogia nos entraves brasileiros.No livro de Rousseau,"Emílio, ou da educação" é dissertado sobre a relevância significativa do ensino para o caráter moral e na natureza dos indivíduos.Entretanto, no Brasil esse valor é depreciado pelo desinteresse no acesso a escola principalmente nas famílias de baixo poder aquisitivo em vista da vantagem financeira do trabalho, o que desabastece uma perspectiva de melhoria de vida para muitos jovens.Assim, muitas vezes são incitados pelos próprios pais à exploração sexual como uma forma de aumentar a renda.O que destrói a infância e o psicológico desses indivíduos e resulta em futuras dificuldades nas relações sociais. Outrossim, a desvalorização desse ato perverso contribui para a permanência do mesmo.Nas sociedades Judaico-Cristãs o ser era mais primordial que o ter.Contudo, com a adoção do capitalismo houve uma inversão de importância desses valores.Dessa maneira, o ser humano se tornou mais materialista e egoísta, e consequentemente mais desinteressado em determinados problemas sociais.Nesse contexto, somado a impunidade na forma de uma fiscalização da polícia inócua e a ausência de debates nas escolas e na mídia sobre a gravidade deste ato e sua denúncia, a exploração sexual continua. Com isso sequelas são formadas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada ,cujo bebê provavelmente tomará o mesmo caminho da mãe. Fica nítido, portanto, que o estado humano de violência dito por Hobbes ainda é presente no Brasil hodierno.Nesse prisma, é essencial que o governo federal em coajuvância com o Ministério da Educação invista em maior número de escolas e projetos de fiscalização das casas da família para incentivar a ida das crianças e proporcionar melhores oportunidades profissionais unido a mídia na adoção de campanhas publicitárias sobre essa atrocidade e a representatividade da denúncia para mitigar esse problema e promover mais atenção dos órgãos de Polícia.Com esses atos, o Estatuto da criança e adolescente tomará seu valor na teoria e na prática.