Título da redação:

Luta a favor da infância

Proposta: O combate à exploração sexual infantil

Redação enviada em 28/10/2017

Dentre todos os crimes cometidos no Brasil, o aliciamento de menores é um dos mais perversos. Por meio da exploração sexual de crianças e adolescentes, criminosos enriquecem com seus cabarés, comprometendo as mentes e perspectivas de vida dos mesmos para sempre. Essa prática suplica por um fim, e para isso, diversos setores da sociedade devem ser envolvidos. “O ser humano nasce bom, mas a sociedade o corrompe”, máxima de Rosseau, descreve a ingenuidade das crianças em frente a um mundo desconhecido. Muitas vezes negligenciadas ou maltratadas pelos pais, elas se sentem atraídas por qualquer proposta de melhora. Se introduzem, então, os aproveitadores, oferecendo casa, roupa, comida... para os adolescentes, trabalho no exterior. Tendo uma vez caído no conto, elas são levadas para casas de prostituição, sofrendo traumas e adquirindo doenças sexualmente transmissíveis. E mais: suas chances de sair daquela realidade são ínfimas. Os cabarés, embora nem todos saibam, são proibidos no país. O simples fato de usar o corpo de outros para lucrar é caracterizado como crime, e leva à cadeia — isto é, se for descoberto. Apenas no período de 2015 a 2016, 37 mil casos de exploração sexual infantil foram denunciados, indicando que ainda há muitos prostíbulos atuando às escondidas. Em 2015, foram aprovadas medidas de aumento de pena para os aliciadores, mas nada disso adianta se não houver fiscalização adequada. Visando acabar com a exploração sexual infantil, medidas devem ser tomadas com urgência. Primeiramente, as escolas precisam orientar as crianças a não aceitarem propostas fantásticas de estranhos, por meio de conversas em sala de aula. Ainda, devem estabelecer diálogo com os pais, expondo o problema e os motivos para zelar por suas crianças, além de informá-los acerca do Disque 100, canal de denúncia a violações dos direitos humanos. Por fim, cabe à polícia realizar varreduras nas regiões onde há altos índices de prostituição e fazer pesquisas entre a comunidade sobre a localização desses lugares. Assim, se garante uma infância mais segura e feliz para pelo menos parte das crianças.