É alarmante que em pleno século XXI, com a existência de leis que condenem a prática do abuso sexual de crianças e adolescentes, ainda assim, seja um crime tão expressivo e recorrente na sociedade brasileira. O Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo de número 240, prevê como forma de punição a aliciadores de menores de 4 a 8 anos de prisão.Entretanto, essa legislação não tem sido o suficiente para conter o avanço da criminalidade envolvendo a situação em voga, como revela o Disque 100,canal utilizado para relatar casos de violação aos direitos humanos, que registrou 175 mil casos dessa natureza no Brasil entre os anos de 2012 a 2016. Pode-se mencionar também, por exemplo, a imaturidade, a ingenuidade e a condição de extrema miséria do menor como fortes “armas” de seus aliciadores para convencê-los a submeterem seus corpos como “objetos de prazer” em troca de algum tipo de benefício; como revelou a reportagem do Conexão Repórter , da emissora de TV SBT , em que várias crianças e jovens vítimas de abuso sexual argumentavam que se viam obrigadas a terem relações sexuais em troca de uma quantia em dinheiro para ajudar no sustento de suas famílias. Em virtude dos fatos apresentados, se faz necessário que a mídia possa através de campanhas estimular a denúncia dos casos envolvendo a exploração sexual de menores. Também a importância da participação do Governo Federal na criação de projetos sociais que disponibilizem os profissionais da área de assistência social para acompanharem a vida diária de famílias que se encontram em significativo estado de pobreza , assim como a implantação de programas semelhantes a do jovem aprendiz, que além de instruir jovens e adolescentes a aprenderem uma profissão, consequentemente daria-lhes a oportunidade de enxergar que com a educação se poderia ter um futuro digno.